O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), cobrou nesta sexta-feira (11) uma resposta diplomática firme do Brasil diante da decisão do presidente norte-americano Donald Trump de impor uma taxação de 50% sobre todas as exportações brasileiras, o que inclui mercadorias oriundas do Ceará.
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Durante a inauguração de uma nova base do CPRaio, Elmano reforçou o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu que o Brasil abra diálogo com os EUA “com altivez”, sem abrir mão da soberania nacional.
“O Ceará é um estado muito afetado com a decisão do presidente dos EUA. Exportamos aço, pescados, calçados para os EUA. Espero que a nossa diplomacia brasileira abra diálogos com o governo americano, mas, como disse o presidente Lula, sem perder a altivez”, declarou.
🔺 Impactos para o Ceará
A nova tarifa, anunciada por Trump na quarta-feira (9), representa um risco direto para alguns dos principais produtos exportados pelo estado, como:
• Aço
• Pescados
• Calçados
• Frutas
• Cera de carnaúba (produto exclusivo da caatinga nordestina)
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações cearenses, e o estado vende mais do que compra de produtos norte-americanos, o que torna a medida ainda mais prejudicial à economia local.
🗣️ “Respeito com diálogo”
Para o governador, é fundamental manter uma política de negociações equilibradas. Ele defendeu que o Brasil dialogue com os americanos, mas sem submissão: “Quem se dá respeito negocia de maneira educada, colocando os números à mesa, apresentando soluções para os problemas. Mas com orgulho de ser brasileiro. Não aceitamos que alguém queira mandar no Brasil que não seja um brasileiro”, disse.
🧾 Entenda o caso
A nova taxação anunciada por Trump amplia uma série de medidas tarifárias já adotadas pelos EUA no início de 2025, que afetam diversos países, incluindo o Brasil. Agora, com a alíquota extra de 50%, o comércio bilateral corre o risco de sofrer forte retração.
Elmano acredita que a via do diálogo é a saída mais inteligente e espera que o governo americano reveja a medida: “Temos que ter uma política de buscar uma relação próxima, solidária, menos confusão e mais diálogo. Espero que o presidente dos Estados Unidos perceba que isso não leva a canto nenhum.”
Por Fernando Átila









