O presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocupa o segundo lugar na corrida eleitoral deste ano (com 28% no primeiro turno), segue com a maior rejeição entre os candidatos ao Palácio do Planalto, segundo o Datafolha.
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O instituto, em sua pesquisa que ouviu 2.556 pessoas em 22 e 23 de junho, aponta que 55% dos brasileiros não votam no mandatário máximo de forma alguma no dia 2 de outubro. Ele é, como seria de se esperar, amplamente conhecido: 96% sabem quem é Bolsonaro.
Ou seja, sua capacidade de melhoria de imagem é mais complicada, dado que a rejeição se dá em um ambiente de grande exposição do candidato neste momento.
Bolsonaro é mais rejeitado por desempregados (66% nunca votariam nele), pretos (63%), nordestinos (62%), estudantes (62%), mulheres (61%), católicos (61%), jovens (60%) e os mais pobres (60%).
O líder da pesquisa (47% de intenção de voto no primeiro turno), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), registra altíssimo conhecimento também: 98%. Ele fica em segundo lugar no critério de recusa do eleitorado em apoiá-lo: 35% dizem que não o fariam.
Os grupos mais refratários ao petista são os empresários (61%), os mais ricos (57% entre quem ganha de 5 a 10 mínimos e 52% entre quem tem renda acima de 10 mínimos), pessoas com nível superior (46%), evangélicos (46%), espíritas (46%), moradores do Centro-Oeste (43%) e homens (41%).
Os índices de ambos são semelhantes aos registrados pelo Datafolha na pesquisa anterior sobre a corrida, em 25 e 26 de maio. De lá para cá, os candidatos mais abaixo na disputa registraram um aumento de sua rejeição, fruto provável de sua exposição.
O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT), por exemplo, é uma figura conhecida: 86% sabem quem ele é. A recusa em votar nele, que ocupa o terceiro lugar com 8%, subiu de 19% na rodada anterior para 24% agora.
O deputado André Janones (Avante-MG), 2% de intenções, viu sua rejeição ir de 9% para 14%, o mesmo índice da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que tem 1%. Ambos também dividem o mesmo grau de conhecimento: 23% e 25%, respectivamente.
A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022, é de dois pontos para mais ou menos.
Fonte: Folhapress