Pela primeira vez o Conselho de Governadores do Ceará se reuniu para falar de temas de interesse do estado. O encontro ocorreu no Palácio da Abolição, sede do Executivo estadual, em Fortaleza, nesta segunda-feira (21). Dentre os principais temas abordados, o projeto Ceará 2050 teve destaque e gerou uma Proposta de Emenda Constitucional que o transforma em norte a ser seguido no planejamento das ações do Governo do Ceará. Estiveram presentes os ex-governadores Ciro Gomes, Cid Gomes, Tasso Jereissati, Lúcio Alcântara, Francisco Aguiar e Gonzaga Mota, além do atual chefe do Executivo cearense, Camilo Santana, e sua vice Izolda Cela.
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O Conselho de Governadores foi criado em 2020, mas por conta da pandemia ainda não tinha se reunido. Neste primeiro encontro, umas das pautas abordadas foi o plano Ceará 2050, que foi apresentado pelo secretário executivo de Regionalização e Modernização da Casa Civil, Célio Fernando, e o professor Barros Neto, da Universidade Federal do Ceará. Camilo Santana explicou do que se trata o projeto apresentado aos ex-gestores. “É um planejamento de médio e longo prazo para o estado. A gente precisa sempre pensar nas políticas não como política de governo, mas política de Estado, que independentemente do governador que assuma, as políticas possam continuar. O Ceará 2050 é uma plataforma construída liderada pela Universidade Federal do Ceará, ouvindo toda a sociedade, os setores, academia. É um documento importante para guiar os passos que nós queremos dar nos próximos 30 anos”, enfatizou o governador.
Nesse sentido, o encontro resultou no envio à Assembleia Legislativa de uma Proposta de Emenda Constitucional para que essa organização a médio e longo prazo faça parte oficialmente da política de planejamento do Governo do Ceará. Na proposta enviada ao Legislativo estadual, o plano estratégico deverá ter duração mínima de 20 anos.
Conselho
Com seis ex-governadores presentes na primeira reunião, o Ceará mostra que teve gestores comprometidos com a população e que ainda pensam na evolução do estado, na visão de Camilo Santana. “Onde ando no Brasil as pessoas elogiam a maturidade política do estado, a visão republicana e o espírito público de todos que passaram pelo governo. Por mais que haja divergências ideológicas ou políticas, mas sempre pensando no Estado, que mantém sempre o seu equilíbrio fiscal com sua capacidade de fazer investimento, fazer ações que tragam resultados para a população”, elogiou o governador.
“A ideia do Conselho é dialogar, ouvir as experiências de cada um, as sugestões. Nós passamos, outros virão, e cada um teve o seu momento de angústia, desafios, superações, êxitos. Cada um deu sua contribuição à história do Ceará. Que a gente possa construir esse diálogo sobre o futuro do estado e contribuir para que a gente possa superar os desafios e fazer o Ceará cada vez mais um estado de oportunidades, reduzindo as desigualdades, que é o grande desafio”, destacou o governador Camilo Santana ao explicar qual a principal função do colegiado.
Ciro Gomes destacou que os avanços conquistados nas últimas décadas são frutos de gestões que têm em comum o comprometimento com o bem-estar da população. “O Ceará tem coesão política, tem planos. Alguns desses planos estão consumados, por exemplo, o projeto estratégico de recursos hídricos. Estamos terminando o Cinturão das Águas, foi o Eixão, e isso faz do Ceará o estado do semiárido melhor equipado para enfrentar ciclos de seca. A educação tem meta até 2026, objetivamente com o orçamento já previsto para dar em tempo integral a toda a garotada do ensino médio. E por aí nós vamos vencer a miséria e a pobreza que são nossos desafios”, falou o ex-governador.