O governador Camilo Santana (PT) respondeu, nesta segunda-feira (6), a crítica do ex-ministro sobre o motim de Policiais Militares no Ceará em 2020. Em entrevista à rádio OPOVO CBN, o ex-juiz e presidenciável afirmou que o petista “fez críticas muito severas” contra a categoria, sendo responsável por “romper todas as pontes” com a PM.
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Em publicação, Camilo rebateu a acusação do ex-ministro e lembrou que Moro apenas foi capaz de propor anistia aos envolvidos no motim. “Soube que o ex-ministro de Bolsonaro, Sérgio Moro, criticou em entrevista hoje que não tive diálogo com os encapuzados do motim criminoso no Ceará, em 2020. Logo ele, que veio à época aqui e a única ação foi propor anistia para os crimes cometidos. Não aceitei”, disse.
Logo depois, o governador disse que tem o diálogo como uma marca e que jamais poderia “compactuar com atos criminosos”. Mais cedo, Moro disse que, à época, o Ministério da Justiça enviou tropas da Força Nacional para proteger as pessoas, a ponto de mobilizar uma ação fundamentada na Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Porém, ele destacou que, apesar do aparato técnico, faltava ao Executivo estadual “reestabelecer um diálogo”.
“Tinha uma crise de segurança, os policiais militares estavam lá em paralisação. A gente valoriza muito os policiais, mas qualquer greve ela é fora da lei, porque deixa as pessoas desprotegidas. Mas tinha um clima aqui dentro do estado, o governador fez críticas muito severas aos policiais, e ele rompeu toda as pontes que tinha entre o governo do estado e os policiais”, afirmou Moro.
Por Filipe Pereira
Fonte: O Povo