O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que o Brasil deverá se posicionar contra a inclusão da Venezuela no Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Embora não possa comparecer pessoalmente à próxima reunião da organização, que ocorrerá em Kazan, devido a uma queda sofrida em sua residência oficial em Brasília, Lula orientou sua equipe de articulação internacional a respeito do tema. As informações são do blog da Daniela Lima, no g1.
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Sob a liderança do chanceler Mauro Vieira, o Brasil deverá adotar uma postura crítica em relação ao pedido de adesão da Venezuela, liderada pelo presidente Nicolás Maduro. O governo venezuelano foi alvo de críticas por não cumprir acordos internacionais previamente firmados, nos quais Maduro se comprometeu a realizar eleições limpas e auditáveis — promessa que não foi concretizada.
O Brasil, que foi um dos fiadores desse pacto junto a outras nações, tem mantido uma posição de cautela em relação ao regime de Maduro. Desde que Lula se recusou a reconhecer a suposta vitória do ditador nas eleições venezuelanas, o líder petista e sua diplomacia passaram a ser alvo de críticas do governo de Caracas.
As eleições na Venezuela permanecem sob suspeita, com a Suprema Corte do país decretando sigilo sobre as atas eleitorais, impedindo a divulgação dos resultados completos. Esta prática, que vinha sendo adotada mesmo durante os anos do chavismo, levou à exilação de líderes da oposição, como o candidato Carlos González, que buscou refúgio na Espanha.
Caso o Brasil vete a entrada da Venezuela no Brics, isso representará um novo marco no distanciamento entre Lula e Maduro, uma relação que, segundo fontes diplomáticas do Planalto, “está na geladeira há tempos”.
Por Bruno Rakowsky