O presidente Jair Bolsonaro testou negativo para o covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A informação foi publicada na página oficial do presidente no Facebook.
“HFA/SABIN atestam negativo para o COVID-19 o Sr. Pres. da República Jair Bolsonaro”, diz a postagem.
Jair Bolsonaro fez o exame depois que o secretário especial de comunicação, Fábio Wajngarten, foi diagnosticado com o novo coronavírus. O resultado foi anunciado ontem.
Hoje mais cedo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) disse à emissora norte-americana Fox News que o primeiro teste do pai havia dado positivo e que eles aguardavam a contraprova. Depois, em seu perfil no Twitter, ele desmentiu a informação alegado que as notícias sobre o teste positivo não eram verdadeiras.
Wajngarten acompanhou Bolsonaro em uma viagem do presidente brasileiro iniciada no último sábado (7), ambos retornando dos EUA na terça-feira (10). A agenda incluiu o encontro entre Trump e Bolsonaro, e ocorreu no resort do presidente americano, na Flórida. Na comitiva de Bolsonaro também estavam sua esposa, vários políticos e quatro membros do seu governo, entre eles o chanceler Ernesto Araújo e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
Bolsonaro e todos os membros da comitiva presidencial, que incluiu o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foram submetidos a exames. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro também passou pelo teste. Segundo o filho do presidente, Bolsonaro não havia apresentado sintomas até ontem.
Os outros participantes da comitiva foram: os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) — que já testou negativo para o vírus-, Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia). Entre os senadores estavam Nelson Trad (PSD-MS) e Jorginho Mello (PL-SC).
O deputado e Daniel Freitas (PSL-SP), o assessor especial Filipe Martins e o presidente da Embratur, Gilson Machado, e o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Júnior, também estiveram na viagem.
Bolsonaro subestimou pandemia
Na segunda-feira, em Miami, Bolsonaro questionou a existência de uma crise causada pelo coronavírus e a afirmou que a imprensa é culpada pela sensação de alarme em relação à doença.
“Muito do que tem ali é muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga”, afirmou, um dia depois de dizer que a disseminação da doença estava sendo ‘superdimensionada’.
Apesar das falas minimizando a situação, o presidente cancelou na quinta-feira da semana passada uma viagem que passaria por Itália, Polônia e Hungria, programada para o fim de abril, por causa do avanço dos casos pela Europa. A agenda nos Estados Unidos, contudo, foi mantida apesar do aumento da propagação da doença naquele país.
Trump disse não estar preocupado
O presidente norte-americano Donald Trump disse não estar preocupado após tomar conhecimento do diagnóstico de Wajngarten. Segundo o porta-voz da Casa Branca, não havia necessidades do republicano passar por exames.
Nas últimas semanas, o presidente americano havia sugerido várias vezes que a preocupação com o coronavírus era exagerada e que o número de casos no país iria diminuir. Ele chegou a comparar o vírus a uma gripe comum, mesmo à medida que autoridades de saúde de seu próprio governo alertavam sobre a gravidade da epidemia.
No entanto, nessa semana, ele tomou medidas mais drásticas como vetar voos da Europa para os Estados Unidos e fez um pronunciamento sobre o tema aos americanos após a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificar o novo vírus como uma pandemia.
Fonte: UOL