O presidente Jair Bolsonaro fez o teste para detectar se contraiu coronarívus. A decisão foi tomada após a confirmação de que o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Fábio Wajngarten, testou positivo para a doença.
Wajngarten participou da comitiva que acompanhou Bolsonaro na viagem de quatro dias aos Estador Unidos. O chefe da Secom viajou no avião junto com o presidente, o filho Eduardo, e a primeira-dama, Michelle. Quatro ministros participaram da viagem.
Na terça-feira, 10, Bolsonaro afirmou nos Estados Unidos que a epidemia global de coronavírus não era tão preocupante e seria “muito mais uma fantasia” propagada pela mídia do mundo todo do que um risco. “Obviamente temos no momento uma crise, uma pequena crise. No meu entender, muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propala ou propaga pelo mundo todo”, afirmou o presidente.
Há quatro dias, Wajngarten se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o vice-presidente americano, Mike Pence, na Flórida, durante viagem de Bolsonaro. Em suas redes sociais, o chefe da Secom compartilhou uma foto ao lado dos dois líderes. Wajngarten passa bem, mas está trabalhando em sua casa, em São Paulo.
O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), montou um gabinete de crise no Palácio do Planalto para tratar da questão. Heleno participou da viagem e acompanhou o presidente no voo e em seus compromissos. Os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) também viajaram aos Estados Unidos e voltaram ao país nessa quarta-feira, 11.
Viagem cancelada
Bolsonaro adiou a viagem que faria nesta quinta-feira, 12, para Mossoró (RN), onde, às 15h, participaria de ato pelo programa Aqui é Brasil, que envolve investimentos em infraestrutura e na área social. Com Bolsonaro, iriam os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Sergio Moro (Justiça) e Teresa Cristina (Agricultura).
“Infelizmente, tivemos que adiar esse nosso encontro em função de razões de segurança sanitária. A decretação ontem pela OMS (Organização Mundial da Saúde) de pandemia mundial de coronavírus nos obriga a ter uma maior segurança com a figura do presidente da República e das pessoas que estão no seu entorno”, disse Marinho.
Fonte: Veja