O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Hospital Rio Grande, em Natal (RN), na tarde deste sábado (12), e foi transferido para Brasília a bordo de uma aeronave equipada com suporte de UTI. O voo partiu por volta das 18h50 do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, com destino ao Hospital DF Star, onde Bolsonaro seguirá sob cuidados médicos.
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Bolsonaro estava internado desde sexta-feira (11), após passar mal durante um evento do Partido Liberal (PL) na cidade de Tangará, a 98 km da capital potiguar. Ele foi inicialmente atendido no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, e, em seguida, transferido de helicóptero para Natal.
Quadro clínico estável, mas com histórico delicado
Segundo os médicos, o ex-presidente apresentou um quadro de distensão abdominal intensa, que foi controlado ao longo do sábado. O boletim médico indicou que Bolsonaro teve uma noite tranquila, com mais de 8 horas de sono, e que seus parâmetros vitais estavam estáveis, com hidratação e uso de antibióticos preventivos.
O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro desde São Paulo e viajou a Natal para avaliar o quadro, informou que o problema está relacionado às sequelas da facada sofrida em 2018, durante a campanha presidencial, e às múltiplas cirurgias realizadas desde então.
“Ficou claro que se trata de um quadro de suboclusão intestinal, que respondeu positivamente ao tratamento clínico. Neste momento, está descartada a necessidade de cirurgia de emergência, mas ele seguirá em avaliação periódica”, afirmou Birolini.
Decisão conjunta com a família
A decisão de transferir Bolsonaro para Brasília foi tomada em conjunto com a família e o médico pessoal, com o objetivo de manter o ex-presidente próximo dos parentes. Segundo o senador Rogério Marinho (PL-RN), o ex-presidente já está sob responsabilidade do hospital DF Star, referência em cuidados de alta complexidade.
Durante a internação em Natal, um andar inteiro do hospital foi reservado para Bolsonaro, por questões de segurança institucional. Segundo a direção da unidade, a medida não comprometeu o atendimento ao público geral.
Histórico de saúde
Desde o atentado a faca em 2018, Bolsonaro passou por pelo menos seis cirurgias, além de internações decorrentes de complicações intestinais. O atual quadro de suboclusão é considerado reversível, mas requer acompanhamento contínuo, segundo especialistas.
Por Pedro Villela, de Brasília