O presidente Jair Bolsonaro não gostou de uma crítica que ouviu sobre o preço do arroz neste domingo (25), em Brasília. “Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais”, disse um homem ao presidente, que cumprimentava apoiadores na Feira Permanente do Cruzeiro. Irritado, Bolsonaro mandou “comprar na Venezuela”.
“Tu quer que eu baixe na canetada? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas você vai comprar lá na Venezuela”, respondeu o presidente, segundo vídeo divulgado pela Folha de S. Paulo.
O preço do arroz acumula alta de mais de 50% em 2020. Um projeto no Senado prevê zerar juros para frear alta do grão.
O homem que fez o pedido a Bolsonaro disse ainda que recebe o Prato Cheio. Esse é o nome de um programa de combate à insegurança alimentar do Governo do Distrito Federal, que fornece um cartão de débito para compras de alimentos, no valor de até R$ 250. Têm direito ao benefício famílias com renda igual ou inferir a meio salário mínimo por pessoa.
O presidente fez uma parada na Feira Permanente do Cruzeiro durante um passeio de moto com os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Walter Braga Netto, da Casa Civil, na manhã deste domingo.
Em setembro, na tentativa de reduzir o preço do arroz, a Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão ligado ao Ministério da Economia, decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano. A redução temporária está restrita à quota de 400 mil toneladas.
Segundo analistas, a alta do arroz e de outros alimentos básicos é explicada pela combinação de alguns fatores. Entre eles, a alta do dólar, o fato da China e outros países estarem refazendo seus estoques de alimentos por causa da pandemia, e o aumento do preço dos combustíveis, que encarece a logística de distribuição de grãos.
Fonte: UOL