Na manhã desta sexta-feira (21), usuários da plataforma X perceberam que o perfil do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, havia sido desativado. No lugar das postagens, aparecia a mensagem padrão do X: “Essa conta não existe. Tente buscar outro(a).”
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Poucas horas depois, o STF confirmou que a conta foi retirada do ar a pedido do próprio ministro, que já não utilizava a rede social desde janeiro de 2024. O tribunal, no entanto, não especificou o motivo para a decisão. Segundo apuração da TV Globo, Moraes não pretende migrar para outra plataforma digital.
Criado em agosto de 2017, o perfil permaneceu ativo mesmo sem novas postagens ao longo do último ano. A representação do X no Brasil esclareceu que a mensagem exibida na página de Moraes indica que a conta foi encerrada voluntariamente, diferentemente das mensagens apresentadas quando há bloqueio ou suspensão por decisão da plataforma.

Moraes aplica multa milionária ao X por descumprimento de decisão judicial
A retirada do perfil do ministro ocorre um dia após ele determinar uma multa contra a rede social. Na quinta-feira (20), Moraes penalizou o X por não fornecer dados cadastrais de um perfil atribuído ao blogueiro Allan dos Santos, investigado no Supremo por envolvimento em crimes cometidos nas redes sociais.
A decisão ocorreu no âmbito de um inquérito aberto em julho de 2024. Além de solicitar as informações da conta do influenciador bolsonarista, o ministro determinou seu bloqueio – o que foi cumprido pela plataforma. No entanto, a empresa de Elon Musk argumentou que “as operadoras do X não coletam dados cadastrais”, descumprindo a ordem judicial.
Diante da recusa, Moraes impôs uma multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento. Em outubro, a Secretaria Judiciária do STF calculou o valor total da penalidade, que somou R$ 8,1 milhões. O X recorreu, mas o ministro manteve a decisão e determinou o pagamento imediato da quantia, em despacho assinado na quarta-feira (19).
A plataforma de Elon Musk já enfrentou outros embates com a Justiça brasileira. No ano passado, o X chegou a ser bloqueado por mais de um mês no Brasil após descumprir uma série de ordens do STF.
Por Aline Dantas