Foi preso na tarde desta quinta-feira (1º) o pai do adolescente que atirou contra três alunos e matou um deles em uma escola pública de Sobral. O capturado, de 31 anos, foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. O homem era investigado pelo caso que resultou na morte de um estudante e nas lesões corporais de outros dois adolescentes.
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O caso aconteceu no dia 5 de outubro deste ano, quando o filho dele, um adolescente, atirou contra três estudantes da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Professora Carmosina Ferreira Gomes, na região norte do estado. A arma utilizada era de um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Uma das vítimas morreu, uma teve a perna quebrada e outra foi atingida de raspão.
Com as investigações, conforme a Secretaria da Segurança Pública, a Polícia Civil identificou que a arma de fogo utilizada no ato infracional já estava na posse do pai do jovem antes da ocorrência, o que facilitou o acesso do adolescente à pistola.
O pai do adolescente infrator é investigado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, omissão de cautela, fornecer arma de fogo para criança ou adolescente, corrupção de menor e homicídio culposo. Com as buscas na residência dele, os policiais apreenderam aparelhos celulares e pendrives, que serão utilizados nas investigações.
O homem foi conduzido à Delegacia Regional de Sobral, onde foi efetivado o cumprimento do mandado de prisão preventiva. Após os procedimentos, ele foi encaminhado para uma unidade do sistema penitenciário.
Um outro mandado de prisão temporária já havia sido cumprido ainda no mês de outubro, contra Antônio Felipe de Sousa, de 33 anos, proprietário da arma utilizada no ato infracional. As investigações apontavam que ele havia negociado diretamente a venda da arma por meio do WhatsApp. O dono da arma tinha o registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC).
Tiro acidental
A Polícia Civil concluiu que o adolescente que estava na escola e atirou na cabeça de um estudante de 15 anos efetuou um único disparo e “não intencional”. Segundo o laudo da investigação, o aluno levou a arma para sala de aula para se proteger de bullying, e o disparo ocorreu com a arma ainda dentro da mochila.
Três estudantes que estavam na mesma fila foram atingidos; dois deles sofreram ferimentos leves e receberam alta. O estudante Júlio César de Souza Alves, 15 anos, morreu em 8 de outubro, três dias após o tiroteio. Os adolescentes baleados não eram os que praticavam bullying, conforme o laudo.
Ainda de acordo com as investigações, o jovem levou a arma para o colégio como forma de se proteger do bullying que sofria. Entretanto, as vítimas atingidas não eram as pessoas que praticavam tal ato contra o jovem infrator.
Fonte: g1 CE