Todos os policiais envolvidos em atos que confirgurem crime militar terão Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado de imediato pelos comandos, Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela CGD, além de sofrer todas as sanções previstas em lei e ser excluídos da folha de pagamento pela Secretaria de Planejamento. A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (18) pelo Governo do Estado do Ceará.
Ainda segundo o Governo, pelo menos 150 policiais já tiveram IPM instaurados. “Os comandos não irão tolerar atos de indisciplina e quebra de hierarquia”, afirma a nota divulgada.
Prisões
Três policiais foram presos por cercar uma viatura para secar pneus, na tarde desta terça-feira (18), no Bairro Antônio Bezerra, nas imediações do 18º Batalhão de Polícia Militar, em Fortaleza. Os três estavam armados e usando balaclavas, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Nesta segunda-feira (17), a Justiça do Ceará manteve decisão que permite que agentes de segurança sejam presos por promoverem greves e manifestações no Estado. Cinco associações de policiais e bombeiros militares estão proibidas pela Justiça do Ceará, desde segunda-feira, de adotarem qualquer tipo de mobilização que trate de discussão de “melhorias salariais, estrutura de trabalho e conquistas para a carreira militar” e da “deflagração de greve e/ou qualquer manifestação coletiva de forças armadas com posturas grevistas”. A multa por descumprimento é de R$ 500 mil por dia.
Protestos
No último dia 6 de fevereiro, policiais militares, bombeiros e parentes dos servidores se reuniram no entorno da Assembleia Legislativa do Ceará, protestando contra a proposta de reajuste apresentada pelo Governo do Estado.
Após a manifestação, representantes da categoria e do Estado realizaram reuniões para fechar um acordo. No dia 13, governo e associações anunciaram que a proposta de reajuste para policiais e bombeiros militares havia sido aprovada em reunião com. Mas, após o anúncio do acordo, representantes da categoria voltaram a público para dizer que os policiais não aceitaram a proposta. Mesmo após o acordo, servidores militares marcaram reunião por meio das redes sociais para decidir os próximos passos do movimento.
Fonte: Diário do Nordeste