Cícero Roberto da Silva foi condenado a 66 anos e 15 dias de prisão pelos assassinatos de sua ex-mulher e da amante, ocorridos em janeiro do ano passado, em Iguatu. O réu foi julgado por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, feminicídio e tentativa de homicídio contra um ex-sócio. A decisão foi anunciada após julgamento nesta quarta-feira (28).
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Segundo a investigação, o crime teve motivação em disputas sobre a divisão de bens após o término da união estável entre Cícero e Antônia Evaneide Fernandes, de 47 anos. Além disso, o réu alegou que a amante, Jucicleide Alves Bezerra, de 44 anos, estava “perturbando demais” sua vida, o que o levou a cometer os assassinatos.
Na data do crime, Cícero foi à residência de Antônia, onde, após uma discussão sobre a partilha dos bens, atirou contra ela, causando sua morte imediata. Logo após, o réu encontrou Jucicleide e, ao abordá-la, disparou vários tiros. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Ainda no mesmo dia, Cícero foi até uma lan house onde o ex-sócio, de 34 anos, trabalhava e tentou matá-lo, mas a vítima conseguiu escapar sem ser ferida. Horas depois, a Polícia Civil prendeu Cícero em flagrante, encontrando com ele a arma utilizada nos crimes, munições, um estojo e uma camisa ensanguentada.
Durante o depoimento na delegacia, Cícero confessou todos os crimes. Além dos homicídios, ele foi condenado por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A Justiça determinou que a pena seja cumprida em regime fechado.
O histórico criminal de Cícero inclui antecedentes por porte ilegal de arma de fogo, furto e contravenção penal. Na época dos assassinatos, ele já estava cumprindo uma pena anterior.
Confissão em áudio
Após cometer os crimes, Cícero enviou um áudio a familiares confessando os assassinatos e explicando as motivações. No áudio, ele relatou que matou a ex-mulher devido à falta de acordo sobre a divisão dos bens e que tirou a vida da amante porque ela “ligava demais” e o “perturbava”. Cícero também admitiu que tentou matar o ex-sócio por desavenças relacionadas a uma sociedade comercial que haviam encerrado.
O caso chamou a atenção pelas circunstâncias brutais e pela premeditação envolvida nos crimes, resultando em uma das penas mais altas aplicadas na região.