Uma mulher ficou 13 dias presa no lugar da irmã em Sobral após a Polícia Civil cumprir um mandado durante a operação “Os Covardes” no último dia 13. Segundo a Polícia, a confusão só foi esclarecida nesta terça-feira (25), depois que a identidade da dona de casa Francisca Cleice da Costa foi confirmada pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce).
Nesta quarta-feira (25), ela teve um pedido de habeas corpus deferido pela justiça e deve deixar a prisão ainda hoje.
O mandado de prisão era direcionado à irmã dela, Francisca Aurivânia Ramos da Costa, que está foragida. Francisca Cleice não era procurada na operação.
De acordo com o advogado da dona de casa, João Paulo Avelino, ela somente contou que não era a irmã dois dias depois da prisão, quando ela procurou uma defesa jurídica.
“Ela afirmou que não se tratava da irmã dois dias depois de ser presa. A Cleice falou que não se tratava da irmã”, disse o advogado.
Sobre o motivo da Cleice não reagir à prisão ou não mencionar para os policias que ela não era sua irmã, o advogado preferiu não falar por se tratar de sigilo de fonte.
Assinatura de documentos sobre prisão
A Polícia Civil disse ao Sistema Verdes Mares que Cleice assinou documentos relacionados à prisão usando o nome de Aurivânia. Ela foi submetida a identificação criminal na sede da Pefoce em Sobral e pode ser autuada por falsidade ideológica e pela lei das organizações criminosas, por impedir ou embaraçar a investigação.
Diante da possibilidade da dona de casa responder por falsidade ideológica, o advogado de defesa, afirmou que ele e a cliente não foram notificados até a manhã desta quarta-feira.
Fonte: Diário do Nordeste