A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quinta-feira (30) que o surto do novo coronavírus da China é uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. A avaliação da entidade sediada em Genebra é a de que há potencial de maior propagação, além do que já é visto atualmente.
Essa foi a segunda reunião de emergência da OMS sobre o tema em uma semana. Na época, o entendimento era o de que era cedo para declarar a situação como uma emergência. A decisão era baseada no fato de que a transmissão do vírus de pessoa para pessoa havia sido constatada apenas na China.
Até o momento, mais de 8.000 casos foram confirmados, a maioria deles em solo chinês, em ao menos de 18 países e 170 pessoas morreram. Ainda nesta quinta-feira, a Rússia fechou a fronteira com a China e limitou o serviço de trens. Apenas a rota Moscou-Pequim será mantida. Companhias aéreas de todo o mundo, como Bristish Airways, American Airlines e KLM, suspenderam os voos de e para a China.
Analistas acreditam ainda ser cedo para estimar os danos que o surto trará para a economia chinesa e global. Segundo a consultoria Coface, o setor que deve ser mais duramente impactado na China e no mundo é o turismo, considerando as restrições de circulação de pessoas, com reflexos no transporte, varejo e serviços. Os chineses desembolsam 130 bilhões de dólares por ano em viagens e 20% desse valor é gasto em Hong Kong, 15% em Macau, 6% na Tailândia e 5% no Japão.
Fonte: Exame