Um feito extraordinário surpreendeu pesquisadores da vida selvagem: um leão de três pernas atravessou a nado um lago de mais de 1,5 quilômetro de largura, infestado de crocodilos, em busca de uma fêmea para acasalar. Este evento é considerado a travessia a nado mais longa já registrada de um grande felino na natureza. As informações são do Terra.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky | Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
A impressionante jornada ocorreu em fevereiro, mas só recentemente foi divulgada pelos pesquisadores do Parque Nacional Rainha Elizabeth, localizado em Uganda, na África. O corajoso leão, batizado de Jacob, perdeu a pata traseira esquerda após cair em uma armadilha de caçadores. Mesmo assim, demonstrou sua habilidade em sobreviver no seu habitat natural.
Acompanhado de seu irmão Tibu, Jacob respondeu ao chamado de uma leoa na margem oposta do Canal Kazinga, dentro do parque. O lago, com mais de 18 metros de profundidade, é habitado por hipopótamos e crocodilos que chegam a quase cinco metros de comprimento. Para complicar a situação, os irmãos leões estavam feridos após perderem uma luta territorial.
Apesar dos perigos, os leões não se intimidaram. Imagens de drone com leitura térmica capturaram três tentativas dos felinos de cruzar o lago. Durante o trajeto, eles se depararam com um hipopótamo, o que os forçou a retornar ao ponto de partida. Na terceira tentativa, encontraram o caminho livre e conseguiram atravessar o lago com sucesso.
A travessia, considerada a mais longa já realizada por um leão, foi documentada em um artigo na revista científica Ecology and Evolution. Alexander Braczkowski, biólogo da Universidade Griffith, na Austrália, classificou a travessia como uma experiência ‘dramática’.
Braczkowski explica que o parque abriga cerca de 40 leões, com os machos superando as fêmeas numa proporção de 2 para 1. Os felinos frequentemente enfrentam ameaças de caçadores e fazendeiros locais, que os matam em retaliação à perda de gado.
Por Nicolas Uchoa