Um homem ficou cego e a causa pode ter sido uma dose excessiva de Sildenafil, principal ingrediente do Viagra. O remédio é normalmente usado para tratar disfunção erétil.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | Twitter | Instagram | YouTube | Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
O incidente aconteceu com um iraniano de 32 anos. Segundo o Daily Mail, ele perdeu 100% da visão do olho direito — o esquerdo não foi afetado — quase imediatamente após ingerir a medicação. Por isso, médicos de Teerã, que estudaram o caso, apontam o Viagra como provável culpado.
O Sildenafil age contra a impotência, aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis por meio do relaxamento dos vasos sanguíneos. Mas, como pontua a publicação, acredita-se que em circunstâncias especiais esse efeito pode causar danos em outros sensíveis vasos do corpo, como os dos olhos.
Análise médica
O iraniano tomou 100 mg do remédio, dose máxima disponível e o dobro da indicada para disfunção. Quando se viu sem enxergar, ele logo procurou um hospital e informou que havia tomado Sildenafil.
Exames feitos na unidade de saúde identificaram que ele tinha coágulos na artéria e na veia que transferem sangue para o olho direito. O resultado foi edema macular, condição em que o sangue vaza para a retina, e também inchaço na região.
Os médicos do Hospital Farabi Eye ainda testaram outras possibilidades, como Covid-19, e todas foram descartadas. O homem também não tinha histórico familiar de coágulos sanguíneos que pudesse explicar o problema.
“Diversos acidentes vasculares retinianos graves foram reportados após uso de Sildenafil, mas o papel exato dessa medicação [nos casos] não está claro”, ponderaram os médicos. “Já que o paciente estava saudável sem fatores de risco conhecidos para doença vascular… e, além disso, a estreita relação entre a ingestão de Sildenafil e a incidência da doença, nós especulamos que a droga pode cumprir a função causal nesse cenário clínico”, concluíram.
Ainda assim, a forma exata como o medicamento interage com os vasos oculares segue tratada como “complexa”. O caso foi compartilhado no Journal of Medical Case Reports.
Fonte: Terra