Fortaleza se tornou, a partir desta segunda-feira (15), o centro dos debates globais sobre clima e desenvolvimento sustentável em regiões semiáridas. A capital cearense sedia a 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid 2025) e a COP Nordeste, que reúnem representantes de mais de 80 países e antecedem a COP30, marcada para Belém.
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Elmano destaca papel do Ceará
Na abertura, o governador Elmano de Freitas (PT) ressaltou o simbolismo de o Ceará sediar o encontro e reafirmou o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a cooperação global:
“É com grande honra e entusiasmo que o Governo do Ceará dá as boas-vindas a todos e todas. Essa conferência é um espaço singular de diálogo, ciência e cooperação, e não poderia ter um lugar mais apropriado do que aqui, um estado que ao longo da sua história transformou os desafios da seca em oportunidades de inovação e de desenvolvimento sustentável”, declarou.

Elmano frisou que a conferência ultrapassa o caráter acadêmico, sendo um chamado à ação coletiva: “A Icid 2025 é a celebração de uma rede de cooperação que une continentes, idiomas e culturas em nome de um objetivo comum: garantir a segurança hídrica, alimentar e energética para gerações presentes e futuras”.
Participação internacional e agenda intensa
O encontro, que se estende até sexta-feira (19), deve reunir cerca de 2 mil participantes, entre pesquisadores, gestores públicos, organismos internacionais, setor produtivo e sociedade civil. A programação inclui plenárias, painéis temáticos e encontros paralelos com foco em:
• gestão hídrica;
• financiamento verde;
• educação climática;
• tecnologias de monitoramento ambiental;
• políticas públicas para territórios vulneráveis.
Entre os temas em destaque estão os impactos das mudanças climáticas nas regiões secas, as estratégias de adaptação e o papel dos biomas semiáridos para segurança alimentar, hídrica e energética.
Ceará na vanguarda
O presidente da Funceme, Eduardo Rodrigues, lembrou que o estado já sediou as duas edições anteriores da Icid e foi protagonista na criação da Convenção da ONU de Combate à Desertificação:
“Queremos levar mensagens para a COP30 que deem mais visibilidade à problemática das terras secas. O Ceará sempre esteve na linha de frente desses debates desde 1992”, destacou.

A secretária titular da Secitece, Sandra Monteiro, destacou que o evento é fruto de uma junção de esforços. “É importante que o Brasil e o mundo, na COP30, percebam que é muito bom defendermos a Amazônia, mas também precisamos mostrar que o semiárido e a Caatinga são responsáveis pela biodiversidade, pela bioeconomia e, principalmente, pelo clima”, disse.
COP Nordeste fortalece papel regional
Integrada à agenda da Icid, a COP Nordeste reunirá governadores, sociedade civil, universidades e setor privado para construir propostas conjuntas de enfrentamento à crise climática. A conferência dará destaque à bioeconomia, à valorização da Caatinga e ao potencial da região para energias renováveis, como solar, eólica e hidrogênio verde.
Por Aline Dantas










