O ano de 2024 registrou uma média de 25,02°C nas temperaturas no Brasil, marcando um aumento de 0,79°C em relação à média histórica de 24,23°C (1991-2020). O dado supera o registrado em 2023, que teve uma média de 24,92°C, apontando uma elevação de 0,69°C acima do padrão histórico.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Os dois anos foram influenciados pelo fenômeno El Niño, que apresentou intensidades de forte a muito forte, contribuindo significativamente para o aumento das temperaturas no Brasil e globalmente.
Tendência de aquecimento no Brasil
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a análise de séries históricas de temperaturas médias anuais no Brasil, de 1961 a 2024, revela uma tendência de aumento estatisticamente significativo. Esse comportamento está associado tanto à mudança climática global, impulsionada pela elevação da temperatura média da Terra, quanto às mudanças ambientais locais, como o desmatamento e a urbanização.
Recordes globais em 2024
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) também apontou 2024 como um ano recorde em termos de aquecimento global. Até setembro, a temperatura média da superfície global ficou 1,54°C acima da média histórica do período 1850-1900, usada como referência pré-industrial.
Esse aumento coloca 2024 na rota para se tornar o ano mais quente já registrado, superando 2023, que até então detinha o recorde. Entre junho de 2023 e setembro de 2024, a temperatura média global permaneceu acima de qualquer registro anterior por 16 meses consecutivos.
Impactos do El Niño
O fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelas temperaturas extremas registradas nos últimos anos. Além de elevar as temperaturas médias, o El Niño provoca efeitos climáticos severos, como estiagens em algumas regiões e chuvas intensas em outras.
Por Fernando Átila