Há quem diga que Brasil e Argentina fazem o maior clássico desse esporte. Contando clubes e seleções, é realmente difícil encontrar tamanha grandeza em um duelo dentro das quatro linhas, que supere a paixão, a rivalidade, o número de aficionados, os títulos de sete mundiais e mais 22 Copas Américas vencidas por ambos. Fora os diversos craques que já vestiram essas camisas.
Ainda que o Brasil seja pentacampeão mundial, contra “apenas” dois títulos dos “hermanos”, no quesito rivalidade, pelo menos pelo lado dos argentinos, nunca houve uma supremacia. Devido às outras conquistas em que levam vantagem. São 14 vezes campeões da Copa América e bicampeões olímpicos.
Enquanto a Seleção Brasileira conquistou o torneio sul-americano oito vezes e tem apenas um ouro olímpico. Mas as vantagens brasileiras não estão exclusivamente em Copas do Mundo, o que massagearia nosso ego.
O Brasil tem quatro copas das Confederações contra uma dos maiores rivais, 12 superclássicos das Américas (antiga Copa Roca), contra 5 dos “albicelestes”, e 2 a 1 em pan-americanos. Em vitórias no confronto, está 41 a 37.
O jogo
O confronto específico de logo mais à noite, em Belo Horizonte, no Mineirão, é de triste memória do fatídico 7 a 1, em 2014, mas também da ótima lembrança contra os próprios argentinos pelas Eliminatórias da Copa, em 2016, quando aplicou 3 a 0, com gols de Philippe Coutinho, Neymar e Paulinho. Desses, só Coutinho estará em campo hoje.
Em 2019, Brasil e Argentina não se encontram no mesmo patamar de equilíbrio que normalmente estão. Nossos maiores rivais passam por um momento de turbulência interna, falta de comando, e buscam nessa Copa América, reencontrar os trilhos do sucesso, o que não ocorre desde 1993.
O Brasil vem motivado pela classificação dramática, nos pênaltis, contra um frágil Paraguai. Justamente por ter avançado dessa forma, sabe da necessidade de evolução para chegar ao título do torneio, para manter a escrita de vencer a Copa América sempre que a sediou.
Por Daniel Rocha
Fonte: Diário do Nordeste