Nada melhor do que estrear no Brasileiro com vitória. Ainda por cima, sobre um dos principais candidatos ao título. Foi assim que o Flamengo deu seu primeiro passo na luta pelo tricampeonato. Numa disputa muito equilibrada, em que cada equipe foi mellhor em cada tempo, os rubro-negros bateram o Palmeiras por 1 a 0, no Maracanã.
Uma vitória que não só faz o Flamengo começar com o pé direito na competição como proporciona um alívio num momento em que o time terá uma folga na tabela. Por ter quatro atletas cedidos às seleções principal e olímpica, o rubro-negro teve seus jogos desta semana adiados. O próximo compromisso será apenas no dia 10 de junho, contra o Coritiba, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
No confronto dos dois elencos mais qualificados do país, a maior embate foi entre quem estava do lado de fora do campo. O duelo tático entre as propostas de Rogério Ceni e de Abel Ferreira ditou a tônica do confronto no Maracanã. No primeiro tempo, melhor para o Palmeiras. Jogando com três zagueiros e as linhas defensivas bem compactadas, o ferrolho paulista pareceu instransponível para o Flamengo. Nos primeiros 45 minutos, os donos da casa só conseguiram finalizar duas vezes a gol. Ainda assim, sem muito perigo.
Já os palmeirenses, bem a seu estilo, apostaram em jogadas verticalizadas. E sempre tendo Roni como alvo. No esquema de alas de Abel, as melhores jogadas saíram pela direita, aproveitando a dificuldade de Filipe Luis em encaixar a marcação.
Ao contrário dos rubro-negros, os paulistas foram muito mais incisivos, o que resultou num dos principais duelos particulares dentro de campo. Roni e Diego Alves foram os protagonistas do jogo. Com ao menos duas defesas difíceis de finalizações do atacante, o camisa 1 do Flamengo levou a melhor.
Praticamente nulo pela direita, o time de Ceni só avançou pela esquerda, com Felipe Luis e Bruno Henrique. O atacante foi praticamente a única opção do cariocas que conseguia quebrar as linhas de marcação palmeirense. Mas não teve vida fácil quando Abel identificou o perigo e segurou Gabriel Menino mais atrás para conter o adversário.
A ausência de Gabigol também contribuiu para esta dificuldade dos rubro-negros. Segundo o clube, ele sentiu indisposição estomacal na noite anterior. Sem seu camisa 9, o Flamengo ficou sem um jogador que flutua no terço final do campo. Pedro, seu substituto, está longe de ficar preso no centro. Mas não consegue oferecer a mesma mobilidade que seu companheiro.
Na etapa final, o cenário se inverteu. E foi a vez de Ceni dar um nó no rival. O Flamengo acelerou o jogo intensificando a troca de passes e deixou de dar o rebote para o adversário. Sem os contragolpes palmeirenses, o jogo passou a ser do ataque rubro-negro contra a defesa paulista.
Se Diego Alves conseguiu parar as tentativas do adversário no primeiro tempo, Weverton até tentou fazer o mesmo no segundo. Mas quando Bruno Henrique encontrou o corredor aberto pela esquerda e cruzou para a área, aos 29, Pedro se esticou num carrinho e pôs o Flamengo em vantagem.
Importante destacar que Abel também contribuiu para a queda de produtividade de seu time. Ao tirar Felipe Mello e Patrick de Paula, deixou o Palmeiras sem jogadores que sabem fazer bem a ligação direta, principal arma da equipe. Melhor para Ceni.
Fonte: Agência O Globo