O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi reeleito nesta segunda-feira (24) para um segundo mandato à frente da entidade. A votação ocorreu um ano antes do previsto, após Rodrigues utilizar uma brecha no estatuto da CBF para antecipar o pleito.
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A eleição aconteceu poucos dias depois que o ex-atacante Ronaldo Nazário, bicampeão mundial com a seleção brasileira, anunciou sua desistência da disputa, alegando falta de apoio das federações estaduais.
Com a saída de Ronaldo do páreo, Rodrigues foi eleito por unanimidade, conquistando os votos dos 67 eleitores presentes, algo inédito na história da entidade. No total, ele recebeu 141 votos, já que cada federação estadual tem direito a três votos, enquanto os clubes da Série A do Brasileirão possuem dois votos cada, e os da Série B, um voto.
Após a reeleição, Rodrigues celebrou o resultado: “Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente para fortalecer e purificar o futebol brasileiro”, declarou o presidente.
Críticas ao sistema eleitoral e desistência de Ronaldo
O modelo eleitoral da CBF foi alvo de duras críticas de Ronaldo, que defendia mudanças na governança do futebol brasileiro.
“O sistema não deixa ninguém entrar, tanto que historicamente a CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Quem está no poder se reelege ou elege o sucessor”, afirmou o ex-jogador ao Charla Podcast.
Ronaldo também destacou que, apesar de sua paixão pelo futebol e desejo de contribuir para melhorias na gestão esportiva, percebeu que o caminho para disputar a presidência era “impossível”.
Já Ednaldo Rodrigues rebateu as críticas, afirmando que “democratizou” o processo ao reduzir o número de clubes e federações necessários para viabilizar uma candidatura. Ele também disse que as portas da CBF continuam abertas para Ronaldo.
“Tenho o maior respeito por Ronaldo. O que temos que ter é respeito pelo atleta que foi e pela pessoa e cidadão que é. De mim, ele só vai ter consideração. As portas da CBF estão abertas para ele”, declarou Rodrigues.
Retorno ao cargo e novo mandato
Rodrigues chegou a ser afastado temporariamente do comando da CBF em 2023, mas conseguiu reassumir a presidência por meio de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O novo mandato de Ednaldo Rodrigues começará oficialmente em abril de 2026, e ele permanecerá à frente da entidade até 2029.
Por Nágela Cosme