Pela 14ª vez na história, o Real Madrid é o campeão da Champions League e, desta vez, com o protagonismo de um brasileiro. Neste sábado (28), em uma tarde marcada pela confusão fora dos portões do Stade de France, em Paris, os merengues mediram forças com o Liverpool e venceram por 1 a 0, com um gol anotado por Vinícius Júnior no início do segundo tempo.
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O jogo mais aguardado do futebol europeu nesta temporada foi de domínio técnico do Liverpool. Os ingleses pressionaram do início ao fim, mas pararam nas mãos do belga Thibaut Courtois, que viveu noite inspiradíssima. Copeiro, o Real Madrid soube colocar em prática a tática montada para a final com o Liverpool e, em um contra-ataque de velocidade, construiu a jogada que definiu o resultado em Paris.
Quem foi bem: Courtois
Responsável direto pelo resultado e, consequentemente, pelo título do Real Madrid. O goleiro belga fez pelo menos quatro defesas em movimentos de difícil execução e fechou o gol merengue nas finalizações de Mané, Thiago Alcântara e Salah.
Quem foi mal: Konaté
O zagueiro do Liverpool começou muito bem a partida contendo os avanços do Real Madrid, no entanto, ao decorrer da decisão foi perdendo as disputas de bola e não mais conseguiu evitar os contra-ataques do adversário.
Os reis da Europa
O clube da capital espanhola chegou hoje ao seu 14º título da Champions League e agora detém uma vantagem de nada menos do que sete taças em relação ao Milan — a segunda equipe com mais troféus da principal competição de clubes da Europa. O Real também foi campeão em 1955-56, 1956-57, 1957-58, 1958-59, 1959-60, 1965-66, 1997-98, 1999-00, 2001-02, 2013-14, 2015-16, 2016-17 e 2017-18.
Confusão em Paris e 36 minutos de atraso
O início da decisão em Paris atrasou em 36 minutos. Isto porque, do lado de fora do Stade de France, a Uefa não conseguiu organizar a entrada dos ingleses e, no acesso às catracas, houve confusão generalizada. Para conter o tumulto, a polícia francesa se utilizou do gás de pimenta e alguns torcedores sem ingresso se aproveitaram do momento para pular os portões do estádio e invadir as arquibancadas.
Domínio inglês no início
Postado com as linhas de marcação altas, o Liverpool foi o responsável pelo protagonismo ao longo dos 25 primeiros minutos da decisão em Paris. Ora com Mané, ora com Salah e também com o hispano-brasileiro Thiago Alcântara, os Reds dominaram as ações ofensivas e apenas não abriram o placar porque o belga Thibaut Courtois fez pelo menos duas defesas de grande nível de dificuldade e, em um outro lance, uma finalização de Mané carimbou a trave.
Rara chance do Real, gol de Benzema e VAR em ação
Embora pressionado em seu campo de defesa durante a maior parte do primeiro tempo, coube ao Real Madrid abrir o placar no Stade de France, porém o lance logo foi anulado pelo VAR. O centroavante Karim Benzema foi lançado entre os zagueiros do Liverpool, invadiu a área adversária e tentou um passe para trás. O zagueiro Konaté e o goleiro Alisson se atrapalharam na hora de afastar o perigo, a bola espirrou e, depois de um bate-rebate, acabou voltando para os pés do merengue bater com categoria ao fundo da rede.
O VAR foi acionado e, por quatro minutos, trabalhou na checagem do lance. Após traçar as linhas e analisar as imagens, os árbitros de vídeo anularam o gol do Real Madrid. A decisão foi muito questionada pelos espanhóis, que alegaram que, após o bate-rebate, o último toque na bola antes de chegar a Benzema foi do volante Fabinho, do Liverpool, o que descaracterizaria o impedimento.
Segundo tempo tem início equilibrado
Na volta do intervalo, coube ao Liverpool o controle do ritmo da partida. Apostando no talento de Salah pelo lado esquerdo do ataque, os ingleses ocuparam o campo de ataque e controlaram a posse de bola. Apesar disso, o Real conseguiu encontrar contra-ataques em velocidade pelos dois lados do campo e soube equilibrar o confronto em Paris.
Brilha a estrela de Vinícius Júnior
Não demorou muito para a tática de Carlo Ancelotti dar resultado no segundo tempo. Em uma jogada rápida de Valverde pelo lado direito, o uruguaio Federico Valverde bateu cruzado em direção à área do Liverpool e encontrou o brasileiro Vinícius Júnior infiltrando pelo lado contrário, nas costas da defesa adversária, para apenas empurrar a bola ao gol defendido por Alisson.
Pressão do Liverpool
Precisando do resultado para ao menos levar a decisão para a prorrogação, o Liverpool se lançou ao ataque e fez uma blitz no sistema defensivo do Real Madrid. Os ingleses tentaram por baixo, pelo alto, de dentro e de fora da área, mas não conseguiram vencer a defesa espanhola. Quando chegaram ao gol, Courtois chamou a responsabilidade e não deixou passar nada.
Festa merengue e cantoria inglesa
Os minutos finais da decisão em Paris foram marcados pela festa da torcida do Real Madrid nas arquibancadas, enquanto os ingleses responderam com sua tradicional canção ‘You’ll never walk alone’ (Você nunca caminhará sozinho, em português). Apesar do incentivo, o Liverpool não conseguiu o empate e, assim como aconteceu na temporada 2017-2018, perdeu o título para os merengues.
Fonte: UOL