Uma reportagem publicada pela revista Veja nesta semana afirma que a atriz Regina Duarte, que aceitou um período de testes na Secretaria da Cultura do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), deve R$ 319,6 mil por irregularidades com a Lei Rouanet.

Segundo a publicação, a artista tem uma empresa chamada A Vida é Sonho Produções Artísticas e captou três financiamentos com base na lei de incentivo a projetos culturais. O valor é estimado em R$ 1,4 milhão.

Em marco de 2018, a área técnica do extinto Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas de um dos projetos: a peça Coração Bazar. Regina Duarte, de acordo com a Veja, teria captado R$ 321 mil e terá que restituir R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional da Cultura. Foi apresentado recurso.

A revista entrou em contato com Regina Duarte, e a atriz respondeu que fará “o que a Justiça mandar”. A Veja também conversou com o filho da artista, André Duarte, que é sócio-administrador da empresa. Ele disse que a reprovação aconteceu pela falta de comprovantes de que a peça foi exibida sem cobrar ingressos, o que era uma exigência do contrato.

Regina substitui Roberto Alvim na Secretaria da Cultura
Com mais de 54 anos de carreira na TV e no teatro, Regina Duarte aceitou o convite de Jair Bolsonaro para substituir Roberto Alvim na Secretaria da Cultura. O dramaturgo foi exonerado do cargo após publicar um vídeo em que fazia referências explícitas a Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler.

Após dizer que não se sentia preparada para a função, a atriz aceitou o cargo em um período de testes. O governo federal cogita recriar o Ministério da Cultura para que ela assuma. A Globo, com quem Regina tem contrato, avisou que ela terá que pedir suspensão da TV por assumir um cargo público, seguindo com as regras da empresa.

Fonte: UOL