Entre o fim deste ano e o início do próximo, a Netflix pretende apresentar ao consumirod brasileiro a opção de aderir ao seu conteúdo por meio de um novo pacote, com acesso gratuito, custeado só por anúncios publicitários. A alternativa visa a driblar a queda na venda de assinaturas da plataforma. As informações são da coluna F5, da Folha.
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A informação foi dada à coluna por Francisco Ramos, o Paco, Vice-presidente de Conteúdo da Netflix para a América Latina, e Elisabetta Zenatti, vice-presidente de Conteúdo da Netflix no Brasil. “Nós vamos lançar uma assinatura suportada por publicidade. Não sabemos ainda quando: pode ser entre o final deste ano e o começo do próximo”, disse Zenatti.
Segundo ambos, a empresa vem traçando um planejamento para encontrar alternativas sustentáveis e capazes de contemplar o consumidor brasileiro, o que vem acontecendo também em outros países de baixo poder aquisitivo. Em abril, a empresa anunciou ter perdido mais de 200 mil assinantes e previu a tendência de mais baixas ao longo do ano, em parte pelo enfrentamento de uma concorrência maior no segmento.
Atualmente, a Netflix oferece no Brasil três tipos de pacote, cujos preços variam de acordo com o número de aparelhos e usuários de uma mesma assinatura. A opção gratuita seria a quarta e não anula as demais, ou seja, quem não quiser ver comerciais por ali poderá continuar a pagar pela mensalidade que lhe convém.
Questionado se o novo modelo seria parecido com o do Globoplay, que dá ao internatura acesso gratuito com publicidade, Paco corrige a coluna: o Globoplay só oferece conteúdos trazidos pela TV linear e, excepcionalmente, por determinados títulos do catálogo. Já a Netflix pretende levar todo o seu menu à nova proposta, sem restrições. “Nós teremos a mesma versão do catálogo com publicidade e sem publicidade”, explica.
Nesta quarta-feira (15), a Netflix lança no Brasil a série “Maldivas”, primeira produção com Bruna Marquezine, que traz no elenco a amiga Manu Gavassi e atrizes como Sheron Menezzes, Carol Castro e Vanessa Gerbelli, sob produção da O2 Filmes.
Hoje, o streaming mais visto do país é o YouTube, que oferece conteúdo sob demanda sob o custeio de filmes e anúncios publicitários. A Netflix vem em segundo lugar no ranking, sendo portanto a plataforma paga mais vista no país. Os dados são os primeiros insights da Kantar Ibope Media nas medições de audiência do segmento, iniciadas neste ano.
A empresa, no entanto, ainda não tem planos comerciais circulando pelo mercado publicitário. As primeiras sondagens devem ter início no segundo semestre.