Após passar por um transplante de medula óssea e confirmar o sucesso do procedimento, a jornalista Marina Alves comemorou mais uma importante etapa de seu tratamento. A repórter da TV Verdes Mares teve alta hospitalar no último sábado (14), após passar 47 dias internada.
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Em um post nas redes sociais, Marina descreveu as dificuldades enfrentadas durante as semanas de internação para o transplante, citando desde as fortes reações com a quimioterapia à luta para tratar doenças que foram surgindo no processo.
“Eu sabia que o transplante seria a etapa mais difícil do tratamento. Mas foi só passando por ele, dia após dia, que entendi a complexidade e a luta do corpo pra aceitar a nova medula. Cada um reage de um jeito, claro. No meu caso, com doadora 50% compatível, se tornou ainda mais difícil”, escreveu.
Marina acrescentou que as reações às quimioterapias ocasionaram uma infecção na garganta. Em decorrência disso, a repórter precisou passar cerca de 20 dias sem engolir nada.
“Sonhava com um copo d’água. Fui pra ventilação mecânica, vomitei sangue e supliquei o fim daquele sofrimento (sem chorar por causa da dor). Foram 47 dias de internação e eu venci”, comemorou.
Luta que continua
A repórter aponta ainda que “a luta continua”. Após deixar o hospital, no entanto, ela deve retornar à unidade de saúde três vezes por semana para exames e acompanhamento. Além disso, Marina precisa passar por todo o esquema vacinal novamente.
“São muitas medicações, exames, consultas e isolamento até começar a tomar todas as vacinas. Mas me sinto pronta para mais uma vitória. E o principal: valorizando (ainda mais) as coisas ‘simples’ da vida”, acrescentou.
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Como funciona o transplante de medula
O processo de transplante de medula óssea é realizado como uma transfusão de sangue, esclareceu o hematologista Paulo Roberto Souza.
“Transplante de medula óssea é muito mais como se o paciente recebesse uma transfusão de sangue, do que como se o paciente a recebesse durante uma cirurgia. Na verdade, o ato do recebimento das células do doador, que é o transplante em si, o paciente recebe pela veia, através de um cateter.”
Paulo Roberto Souza, hematologista
Antes do procedimento ser realizado, no último dia 5 de abril, o linfoma da jornalista já estava em estado de remissão, quando não é detectado em exames. No entanto, como explicou o especialista, as estatísticas demonstram, que devido à gravidade do tipo da doença, os pacientes que recebem uma nova medula têm mais chances de cura a longo prazo.
Após o transplante, a repórter continuou no hospital por alguns dias, período em que os profissionais de saúde analisaram se a nova medula foi integrada ao corpo da paciente. Com a evolução positiva do caso, ela poderá retornar para casa, mas, por pelo menos um ano após o procedimento, terá que ser acompanhada de perto pelos médicos e usar medicação específica.
Fonte: Diário do Nordeste