Silvio Santos faleceu na madrugada deste sábado (17), aos 93 anos, deixando uma fortuna estimada em R$ 1,6 bilhão e um império construído ao longo de décadas. Dono de mais de 30 empresas, o comunicador integrava a lista dos bilionários brasileiros, ocupando uma posição de destaque entre os maiores empresários do país.
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Silvio Santos, nascido Senor Abravanel, começou a figurar na famosa lista de bilionários da revista Forbes em 2013. Mesmo após alcançar esse patamar, ele sempre destacou que não fazia questão de uma vida luxuosa, valorizando, acima de tudo, uma vida confortável de classe média. “O dinheiro pra mim representa apenas troféus de sucesso, troféus de vitória”, disse ele na época, durante um evento para os funcionários do SBT, conforme noticiado pelo jornal O Globo.
Construção de um império
A trajetória financeira de Silvio Santos começou a se consolidar em 1962, quando adquiriu o Baú da Felicidade, que se tornou o alicerce do que viria a ser o Grupo Silvio Santos. O grupo, ao longo dos anos, se diversificou, incluindo desde a criação do SBT em 1981 até a formação de um conglomerado que englobava empresas de diferentes setores, como a Simba Content, a Liderança Capitalização, o hotel Jequitimar e a Jequiti Cosméticos.
O SBT, sob o comando de Silvio, alcançou o posto de segunda maior rede de televisão do Brasil, com 114 emissoras afiliadas em todo o país. Em termos de audiência, a emissora atualmente ocupa a terceira posição, atrás da Globo e da Record.
Crise e recuperação
Embora tenha acumulado uma fortuna considerável, Silvio Santos enfrentou desafios significativos ao longo de sua carreira empresarial. Um dos momentos mais críticos ocorreu no final da década de 2000, quando o Banco Central descobriu um rombo bilionário no Banco PanAmericano, onde Silvio era o acionista controlador. Entre 2006 e 2010, fraudes cometidas por funcionários de alto escalão resultaram em um prejuízo de R$ 4,3 bilhões.
Para evitar a quebra do banco, o Grupo Silvio Santos teve que oferecer bens como garantia para obter um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O PanAmericano foi posteriormente vendido ao BTG Pactual em 2011 e rebatizado como Banco Pan.
Mesmo após essa crise, Silvio Santos conseguiu manter uma posição sólida no cenário empresarial. Em 2013, ele apareceu pela primeira vez na lista de bilionários da Forbes, com um patrimônio estimado em R$ 2,67 bilhões. Até 2023, sua fortuna foi avaliada em R$ 1,6 bilhão, o que lhe garantiu a 209ª posição no ranking dos bilionários do Brasil.
Por Heloísa Mendelshon