O ator Val Kilmer, conhecido por marcar a história do cinema com papéis icônicos, faleceu nesta terça-feira (1º), aos 65 anos, em Los Angeles, Califórnia. A informação foi confirmada por sua filha, Mercedes Kilmer, em entrevista ao New York Times. Segundo ela, a causa da morte foi pneumonia.
Kilmer deixa dois filhos, Mercedes e Jack, frutos de seu casamento com Joanne Whalley, sua colega de elenco no filme Willow.
Uma carreira de grandes sucessos
O ator construiu uma das carreiras mais versáteis e lucrativas do cinema norte-americano. Entre seus papéis mais marcantes estão:
Top Gun (1986) – No papel de Tom “Iceman” Kazansky, o rival de Maverick (Tom Cruise).
Batman Eternamente (1995) – Interpretando o Cavaleiro das Trevas.
Tombstone (1993) – Como Doc Holliday, no faroeste clássico.
Fogo Contra Fogo (1995) – Ao lado de Al Pacino e Robert De Niro.
The Doors (1991) – Onde viveu Jim Morrison, vocalista do The Doors.
Seus filmes arrecadaram quase US$ 2 bilhões em bilheteria global, segundo a Comscore.
Nascido na Califórnia, Val Kilmer iniciou sua trajetória no teatro, sendo o aluno mais jovem aceito no departamento de teatro da Juilliard School em Nova York. Ele estreou no cinema com a comédia Top Secret! (1984), mas foi em Top Gun (1986) que ganhou projeção mundial.
Luta contra o câncer e retorno em ‘Top Gun: Maverick’
Em 2014, Kilmer foi diagnosticado com câncer de garganta, submetendo-se a uma cirurgia de traqueostomia que alterou sua voz permanentemente. Mesmo afastado da atuação, fez um emocionante retorno às telas em Top Gun: Maverick (2022), interpretando novamente o Iceman.
A produção incorporou seus problemas de saúde à história do personagem, tornando a participação de Kilmer um dos momentos mais marcantes do filme.
Reflexões sobre a carreira e a fé
Em 2021, lançou o documentário Val, onde revisitou sua trajetória através de vídeos de bastidores gravados ao longo da vida. Como sua voz havia sido comprometida, seu filho Jack Kilmer foi o responsável por narrar o filme.
Kilmer também era cientista cristão e falava abertamente sobre sua fé. Em entrevista à Men’s Health em 2020, afirmou:
“Algo que foi reafirmado para mim — em um nível quase chocante — foi uma sensação de amor universal. Um poder e uma forma diferente de amor. Eu sentia isso enquanto estava no hospital.”
Apesar dos desafios de saúde, Kilmer sempre expressou gratidão pela vida que levou. No documentário Val, resumiu seu sentimento sobre sua jornada:
“Sou abençoado.”
Por Heloísa Mendelshon