O mundo da música ficou de luto nesta terça-feira (22). Morreu Ozzy Osbourne, aos 76 anos, vítima da doença de Parkinson. Ícone máximo do heavy metal, o vocalista que marcou gerações ao lado do Black Sabbath e em carreira solo faleceu cercado pela família, conforme comunicado oficial divulgado por seus entes queridos.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
🖤 “É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que comunicamos que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor”, diz a nota da família.
A morte do chamado “Príncipe das Trevas” ocorre apenas 17 dias após sua última aparição pública nos palcos, durante uma homenagem histórica ao Black Sabbath, em Birmingham, cidade natal da banda, na Inglaterra.
🎸 Despedida em grande estilo
Em 5 de julho, um espetáculo com bandas como Metallica, Guns N’ Roses, Pantera, Slayer e Gojira celebrou o legado do Sabbath. O evento reuniu 45 mil pessoas no estádio e outras 150 mil pela internet, encerrando oficialmente a trajetória do grupo.
Na ocasião, Ozzy Osbourne apareceu no palco sentado em um trono preto, em posição central. Mesmo fragilizado, apresentou com dignidade quatro clássicos: War Pigs, N.I.B, Iron Man e Paranoid, selando um dos capítulos mais emblemáticos da história do rock.
🔥 O nascimento do heavy metal
Ozzy surgiu para o mundo em 1969, com o disco de estreia do Black Sabbath. Ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, formou um dos quartetos mais influentes da música. Com som sombrio e pesado, moldaram a identidade do que viria a ser conhecido como heavy metal.
Mesmo com sua voz sendo considerada “não convencional” por muitos, ela casava com perfeição com as guitarras distorcidas e a batida hipnótica da banda.
Após oito álbuns lendários, Ozzy deixou o grupo e embarcou numa carreira solo meteórica.
🚂 Carreira solo e eternidade
Com o álbum Blizzard of Ozz, Ozzy provou que havia vida após o Sabbath. Hits como Crazy Train, Mr. Crowley e Goodbye to Romance eternizaram seu nome e abriram portas em todo o mundo.
Foram 13 discos solo, inúmeras turnês e, em 2013, um inesperado reencontro com o Black Sabbath resultou no disco 13, com músicas inéditas e nova turnê mundial.
Mesmo com a imagem de rebelde e provocador, Ozzy sempre encerrava seus shows com um inesperado e carinhoso: “Deus abençoe vocês todos!”
📺 Do rock ao pop: o fenômeno Ozzy
Mais que um roqueiro, Ozzy virou ícone pop. Ganhou um reality show, The Osbournes, que levou o público para dentro de sua casa e de sua rotina caótica. Participou de 11 filmes, protagonizou cenas lendárias — como o episódio em que arrancou a cabeça de um morcego no palco achando que era de borracha — e nunca deixou de surpreender.
Vacinado contra a raiva, contra doenças e contra qualquer noção de limites, viveu intensamente. Cada palco, cada entrevista, cada provocação: Ozzy encarnava o espírito rebelde do rock como ninguém.
🖤 Fim de uma era
Ozzy Osbourne deixa um legado inestimável. Ídolo de milhões, influenciou incontáveis bandas e artistas, atravessou décadas com relevância e autenticidade. Viveu os 76 anos como se fossem o último dia, como ele mesmo dizia — e como o rock sempre exigiu.
O “Príncipe das Trevas” se despede da Terra, mas segue eterno no panteão dos imortais do rock.
Por Bruno Rakowsky
