A premiada atriz norte-americana Diane Keaton morreu aos 79 anos. A informação foi divulgada neste sábado (11) pela revista People, com confirmação do jornal The New York Times junto a Dori Rath, produtora de alguns dos filmes mais recentes da atriz. A causa da morte não foi informada pela família.
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Segundo o site TMZ, equipes de emergência foram acionadas para a casa da atriz em Los Angeles na manhã deste sábado. Uma pessoa foi levada ao hospital, mas as autoridades não confirmaram se se tratava de Diane Keaton.
Carreira marcada por personagens intensos e autenticidade
Com mais de 60 filmes no currículo, Keaton foi uma das atrizes mais versáteis de sua geração. Ganhou o Oscar de Melhor Atriz em 1978 por “Noivo neurótico, noiva nervosa” (Annie Hall), filme dirigido por Woody Allen e inspirado no relacionamento real entre os dois. Também brilhou em clássicos como:
• Trilogia “O Poderoso Chefão” – como Kay Adams, esposa de Michael Corleone (Al Pacino)
• “O Clube das Desquitadas” (1996)
• “As Filhas de Marvin” (1996), com Leonardo DiCaprio
• “Alguém Tem Que Ceder” (2003), com Jack Nicholson
Além de atriz, Diane Keaton também foi diretora, produtora, escritora e fotógrafa, construindo uma carreira longeva em Hollywood.
Repercussão: Hollywood lamenta
A morte de Keaton repercutiu entre grandes nomes do cinema:
• Bette Midler, com quem contracenou em “O Clube das Desquitadas”: “Brilhante, linda e extraordinária. Uma força da natureza.”
• Leonardo DiCaprio, seu parceiro em “As Filhas de Marvin”: “Um ícone, uma lenda, um ser humano verdadeiro.”
• Jane Fonda escreveu: “Ela sempre foi uma centelha de vida e luz… única, é o que ela era.”
Vida pessoal reservada e escolhas firmes
Keaton nunca se casou e foi mãe de dois filhos adotivos, Dexter e Duke, adotados quando já tinha mais de 50 anos. Em entrevistas, afirmava que a maternidade mudou sua visão de mundo.
“Eu estava muito envolvida comigo mesma. Meus filhos mudaram tudo para melhor”, disse à CBS News.
Teve relacionamentos conhecidos com Warren Beatty, Al Pacino e Woody Allen, com quem manteve amizade até o fim da vida.
Relação intensa com Woody Allen
A parceria com Woody Allen começou no teatro antes de migrar para o cinema. Juntos, fizeram oito filmes. Mesmo após as acusações de abuso sexual contra Allen por sua filha adotiva, Keaton permaneceu ao lado do diretor: “Eu ainda o amo. Algumas pessoas permanecem na sua vida para sempre”, disse ao The Telegraph em 2013.
Allen também prestou homenagem à atriz: “Muito do que realizei devo a ela. Diane era surpreendente.”
Da Broadway a Hollywood
Nascida Diane Hall, em 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, adotou o sobrenome Keaton da mãe. Estudou teatro em Nova York e começou a carreira na Broadway. Recusou-se a aparecer nua no musical “Hair” e chamou a atenção ao ser escolhida para a peça “Play It Again, Sam”, de Woody Allen — papel que mudou sua vida.
Sua estreia no cinema ganhou força quando Francis Ford Coppola a escalou para “O Poderoso Chefão” (1972). Sua versatilidade a levou de comédias românticas a dramas intensos, consolidando seu nome na história do cinema mundial.
Reconhecimentos e legado
Além do Oscar por “Annie Hall”, Keaton foi indicada à estatueta outras três vezes e ao Emmy em 1995. Publicou dois livros de memórias, produziu documentários e dirigiu videoclipes, incluindo dois da cantora Belinda Carlisle.
Seu estilo único — ternos, chapéus e sobreposições — virou marca registrada e símbolo de autenticidade.
Por Fernando Átila










