O cantor e compositor Rubens Antônio da Silva, conhecido como Caçulinha, faleceu aos 86 anos na madrugada desta segunda-feira (5). O músico estava internado há cerca de dez dias no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, mas não resistiu às sequelas de um infarto.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky | Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
As informações foram confirmadas pela família ao g1. Caçulinha foi um maestro de renome, especialmente conhecido por sua participação no programa Domingão do Faustão, onde coordenou a trilha sonora ao vivo por 20 anos. Ele deixou a atração em 2009 após fazer críticas ao apresentador Fausto Silva.
O músico também comandou a banda que abria e fechava os intervalos do programa humorístico Sai de Baixo entre 1996 e 2002.
Trajetória
Músico desde a infância, Rubens Antônio da Silva estreou na televisão em 1965, apenas 15 anos após a primeira transmissão de TV no Brasil. Foi contratado pela Record para participar do programa O Fino da Bossa (1965-1967), apresentado por Jair Rodrigues e Elis Regina. Na emissora, participou de vários especiais musicais e programas, incluindo Esta Noite Se Improvisa (1967) e Bossaudade (1965-1966).
Na década de 1980, alcançou o estrelato ao apresentar o próprio programa, Caçulinha Entre Amigos, na Band. Foi nesse período que conheceu Fausto Silva e, posteriormente, integrou o elenco do Perdidos na Noite (1986-1988). A parceria com Faustão continuou na Globo, no Domingão do Faustão, até 2009, quando se afastou do programa devido a desentendimentos com o apresentador.
Após deixar a Globo, ficou afastado da televisão até 2015, quando começou a comandar o quadro Causos & Canções no programa Todo Seu, de Ronnie Von, na Gazeta.
Criança prodígio
Nascido em 1938, em São Paulo, Caçulinha veio de uma família musical. Seu pai, Mariano de Silva, foi um compositor sertanejo de sucesso no interior de São Paulo. Aos oito anos, Caçulinha já tocava acordeão e surpreendia a família com sua capacidade de identificar e recriar qualquer nota musical sem um tom de referência.
Formou uma dupla sertaneja com o irmão, Caçula, de quem herdou o nome artístico. A partir dos 20 anos, passou a se apresentar em boates paulistanas, dominando vários instrumentos como piano, violão, acordeão e escaleta.
Legado musical
Ao longo de sua carreira, Caçulinha acompanhou grandes nomes da música brasileira, incluindo Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Wilson Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento. Gravou 31 discos de vinil, com o mais recente lançado em novembro de 2019, em comemoração aos 60 anos de carreira na música e na televisão brasileira.
Caçulinha deixa um legado de talento e dedicação à música brasileira, sendo lembrado como um dos grandes maestros e músicos do país.
