Na madrugada deste sábado (17), o Brasil perdeu uma das figuras mais emblemáticas da televisão: Silvio Santos. O apresentador e empresário, que por décadas foi presença constante nos lares brasileiros, faleceu aos 93 anos em decorrência de uma broncopneumonia.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
O falecimento foi confirmado pelo SBT, emissora que Silvio Santos fundou em 1981 e que, desde então, se tornou uma das mais importantes do país, carregando a marca registrada do comunicador. O anúncio foi feito pela emissora no início da manhã, e a comoção foi imediata, com homenagens vindas de todas as partes do Brasil.
No início da tarde, a família Abravanel divulgou uma carta pública, assinada pelas filhas Patricia, Rebeca, Silvia, Renata, Cinthia e Daniela, além da esposa, Íris Abravanel. No texto, a família expressou seus sentimentos e compartilhou o último desejo de Silvio. De acordo com a carta, o apresentador pediu que, após sua morte, fosse levado diretamente ao cemitério, onde seria realizada uma cerimônia judaica íntima. Ele deixou claro seu desejo de que sua passagem não fosse explorada ou transformada em um espetáculo público, refletindo a sobriedade com a qual ele sempre lidou com questões pessoais.
“Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu”, escreveram os familiares. O texto ainda ressalta que, em respeito a esse pedido, não haverá velório ou enterro abertos ao público, uma decisão que, embora contrária ao que se costuma ver em despedidas de figuras públicas de sua magnitude, está em total consonância com o desejo de Silvio Santos de preservar a intimidade em seus momentos finais.
A carta também traz um apelo para que todos guardem na memória as boas lembranças que Silvio Santos deixou, destacando seu amor pelo Brasil e pelos brasileiros. “Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração”, enfatizam as filhas.
Silvio Santos será sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, em uma cerimônia restrita aos familiares mais próximos. Este ato íntimo e reservado reflete a essência de Silvio, que, apesar da grandiosidade de sua figura pública, sempre prezou pela simplicidade e pela discrição em sua vida pessoal. A decisão da família, de seguir à risca o desejo do patriarca, reforça o respeito e a admiração por um homem que, até em seus últimos momentos, manteve o controle de como gostaria de ser lembrado.
A frase “Do mundo não se leva nada. Vamos sorrir e cantar!”, que marcou o encerramento de seu programa dominical por tantos anos, parece agora mais simbólica do que nunca. Silvio Santos, que durante décadas trouxe alegria e diversão para os lares brasileiros, despede-se como viveu: com a mesma leveza e alegria que o consagraram como um dos maiores ícones da televisão brasileira.
Confira a íntegra da carta da família de Silvio Santos:
“Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estejam compartilhando da mesma saudade que nós hoje estamos sentindo.
Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu.
Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer.
Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos. Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele amou o Brasil e os brasileiros.
Com muito carinho e respeito a todos vocês,
Família Abravanel”
Por Aline Dantas