Ser famoso não garante voto. Pelo menos é isso o que demonstrou a eleição de 2022, realizada neste domingo (2), na qual boa parte das celebridades que pleitearam algum cargo público acabou não recebendo o número de votos suficiente para se eleger.
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Foram poucos os que conseguiram transformar a base de fãs em eleitores, caso de Romário (PL), senador reeleito pelo Rio de Janeiro com mais de 2,3 milhões de votos. O ex-jogador de futebol poderá eventualmente se encontrar em Brasília com outro ex-atleta, Maurício Souza, que fez fama na seleção brasileira de vôlei. Ele foi eleito deputado federal por Minas Gerais, também pelo PL.
Mario Frias, ex-galã de novelas na Globo e protagonista de “Malhação” entre 1999 e 2001, é outro que conseguiu se eleger para a Câmara dos Deputados. Ele vai ficar com uma das 17 vagas que o PL conseguiu por São Paulo, assim como Tiririca, que teve pouco mais de 71 mil votos (bem longe dos 1,3 milhão de 2010, quando foi o deputado mais votado).
Nas assembleias legislativas, também houve poucos famosos de repercussão nacional eleitos. No Rio de Janeiro, o destaque fica por conta do ator Thiago Gagliasso (PL), que se elegeu deputado estadual. Isso mesmo sem contar com o voto do irmão Bruno Gagliasso, já que os dois divergem publicamente quando o assunto é política.
Em São Paulo, a cantora e compositora Leci Brandão recebeu mais de 90 mil votos e ficará com uma das 11 vagas da Federação Brasil da Esperança, que reúne o PT, o PV e o PC do B. Este último é o partido da deputada estadual, reeleita pela quarta vez.
Já os não eleitos são bem mais numerosos. Conhecida pelos amantes do esporte, Leila do Vôlei (PDT-DF) ficou em 5º lugar na disputa pelo governo do Distrito Federal. Ela terminou com apenas 4,81% dos votos, mas deve voltar ao cargo de senadora, do qual havia se licenciado para disputar as eleições.
Também ficaram sem vaga na Câmara dos Deputados nomes conhecidos do público como o do ator Felipe Folgosi (PL-SP), o da personalidade da mídia Renata Banhara (Republicanos-SP) e o do lutador Wanderlei Silva (PP-PR). Astros do mundo pornô, como Kid Bengala (União Brasil-SP) e Elisa Sanches (Patriota-RJ), também não ganharam vagas em Brasília.
A experiência dos paredões do Big Brother Brasil (Globo) também não foi suficiente para garantir apoio popular para três ex-BBBs que tentavam se inserir na política. Não se elegeram Adrilles Jorge (PTB-SP), Ariadna Arantes (PSB-SP) ou Marcos Harter (Podemos-MT). Este último teve pouco mais de 1.000 votos, bem menos do que conseguia angariar no reality show.
Mesmo sem se eleger neste domingo, algumas celebridades podem acabar ganhando um cargo mais adiante. Isso porque muitas ficaram como suplentes dos eleitos em seus estados. Foi o caso da atriz Lucélia Santos (PSB-RJ), o da influenciadora digital Antonia Fontenelle (Republicanos-RJ) e o do pastor Márcio Poncio (Pros-RJ).
Pelo Rio de Janeiro, também ficaram nessa situação o ex-jogador Bebeto (PSD), o treinador Joel Santana (Pros), a ex-paquita Andrea Sorvetão (Republicanos), a ex-modelo Marinara Costa (PL), bem como a cantora e empresária Verônica Costa (PL), conhecida como Mãe Loira do Funk. Já no Distrito Federal, a ex-loira do Tchan Silmara Miranda (Republicanos) poderá ser chamada para uma vaga que venha a ficar desocupada no futuro.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, Alexandre Frota (PSDB) não conseguiu se eleger deputado estadual, bem como o ator e humorista Carlinhos Aguiar (PL), conhecido pelos programas do SBT. No Rio de Janeiro, os atores André Gonçalves (PV) e Mario Gomes (Republicanos) também ficaram apenas como suplentes, assim como a influenciadora digital Sarah Poncio (Pros).
Fonte: F5