Nesta terça-feira (23), o YouTube resolveu desmonetizar o canal da Jovem Pan na rede social. A partir de agora o perfil do veículo de comunicação não poderá ganhar dinheiro com os conteúdos postados na plataforma. A decisão foi tomada pelo próprio site, sem solicitação do judiciário brasileiro, a partir de uma análise minunciosa dos vídeos compartilhados no canal. Segundo o YouTube, o programa Pingos no Is cometeu um desserviço ao informar fake news. As informações são do Na Telinha.
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“Incorreu em repetidas violações das nossas políticas contra desinformação em eleições e nossas diretrizes de conteúdo adequado para publicidade, incluindo as relacionadas a questões polêmicas e eventos sensíveis, atos perigosos ou nocivos, além de outras políticas de monetização. Desta forma, suspendemos a monetização do respectivo canal e dos outros que integram a rede Jovem Pan no YouTube, de acordo com nossas regras”, afirmou o YouTube ao O Globo.
Apesar da resolução da plataforma de vídeos não ter nada a ver com o decisão judicial, a Jovem Pan também está sendo investigada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pelas eleições brasileiras, pelo suposto tratamento privilegiado que a emissora deu a Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha nos dois turnos.
A denúncia foi feita pela coligação do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito democraticamente com 50,90% dos votos.
Dono da Jovem Pan, Tutinha também é investigado
Pela suposta prática de uso indevido dos meios de comunicação, o dono da Jovem Pan, o Tutinha, também é investigado. Em sua defesa, o empresário alega que o veículo pratica o que chama de “jornalismo de opinião” e “debate sobre os fatos”, além do grupo ter “opção editorial lícita e desejável para que a imprensa continue a ter relevância”. Dentre tantas acusações contra a emissora, o PT denunciou fake news veiculadas no canal, campanha difamatória contra Lula, ataque a conduta de ministros do STF e do TSE, entre outras questões.