O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a provocar o presidente Jair Bolsonaro (PL), em encontro com trabalhadoras domésticas em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A um público majoritariamente feminino, Lula disse que Bolsonaro não tem coragem para fazer comício e criticou o foco do governo atual na flexibilização das armas.
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O encontro na manhã de hoje faz parte de uma série de eventos do PT voltados às classes trabalhadoras e às mulheres. Amanhã, Lula deverá se encontrar com assistentes sociais. Ele falou sobre as realizações sociais do seu governo (2003-2010) para a classe e fez promessas para um novo possível mandato.
Antes do discurso do presidenciável petista, cinco trabalhadoras domésticas falaram sobre suas experiências de trabalho e histórias de vida e entregaram uma carta de compromisso da campanha com propostas para a categoria.
“[Bolsonaro] Não se mistura com o povo.” Lula tem aumentado o tom contra seu principal adversário nas urnas, em especial após o debate presidencial, em que apoiadores e membros da campanha avaliaram que ele poderia ter sido mais incisivo contra o presidente.
O petista voltou a chamar o atual chefe do Executivo de mentiroso e direcionou as alfinetadas às pautas femininas e evangélicas. Também questionou o apoio popular ao presidente.
“A [ex-presidente] Dilma [Rousseff] foi tirada por uma bicicletada, e a gente percebe que o cara que votou para tirar ela [Bolsonaro] só dá motociata, todo dia tem motociata. Ou motociata ou cavalgada. Você percebeu que ele não tem coragem para fazer comício? Quando ele vai, é com militares, com os militantes dele. Ele não se mistura com povo pobre, porque ele sabe que mente demais. Não é o Lula que está dizendo, todos os jornais já falaram que ele conta sete mentiras por dia.”
Lula, a trabalhadoras domésticas
A fala indiretamente rebate o discurso muito disseminado entre o bolsonarismo de que ele, Lula, não conseguiria sair na rua. Como estratégia de campanha, o PT tem focado em grandes atos públicos em capitais e grandes cidades e encontro com setores e classes, como o de hoje.
Ao questionar por que Bolsonaro não faz o mesmo, Lula rebate indiretamente que seria o atual presidente quem carece de apoio popular.
Fonte: UOL