O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), ressaltou nesta segunda-feira (2), ao assumir a pasta, a parceria entre o Governo do Ceará e municípios cearenses como modelo para a educação no Brasil. Camilo tomou posse do MEC neste domingo (1º) horas após Lula ser oficializado como presidente do país.
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Camilo também citou a criação do Paic, Programa de Alfabetização na Idade Certa, desenvolvido no Ceará, e fortaleceu o compromisso de “resgatar a educação” no Brasil que, segundo ele, foi vítima de um desmonte no governo de Jair Bolsonaro.
“É necessária uma recuperação de uma visão sistêmica da educação, que vai da creche à pós-graduação. E para isso, precisamos fortalecer um regime de colaboração em um grande pacto federativo pela educação […] no Ceará, minha terra, temos feito um trabalho permanente desde 2007, iniciado pelo então governador Cid Ferreira Gomes, e continuado por mim e nossa querida Izolda, de parceria permanente com os municípios. Criamos o Paic, programa de alfabetização na idade certa, apoiando diretamente a educação dos municípios”, disse Camilo.
Prejuízo na educação
Ainda no discurso, o ministro da Educação destacou dados que considera como “alarmantes” sobre a situação da alfabetização básica de crianças no país.
“Quando mais educação precisou de apoio e atenção do governo federal, mais foi desprezada, mais foi esquecida. Resultado disso é que mais de 650 mil crianças com até cinco anos de idade abandonaram a escola nos últimos três anos. No mesmo período, cresceu em 66% o número de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler nem escrever na idade certa. Destaco esses dados que considero alarmantes para ressaltar que se impõe uma prioridade absoluta em nosso país para garantir a alfabetização de todas as nossas crianças na idade certa. E assim, assegurar as condições necessárias para que elas possam aprender os conteúdos de cada ano. Prioridade essa já destacada com compromisso pelo nosso presidente Lula”, discursou Camilo.
Experiências de Camilo
À frente do MEC, Camilo poderá tomar como exemplo as experiências da educação no Ceará, referência para todo o país. Ele foi governador por dois mandados, entre os anos de 2015 e 2022.
O Ceará desenvolveu, no governo de Camilo, um modelo de alfabetização que melhorou, por exemplo, a aprendizagem de alunos em situação de vulnerabilidade social.
Um estudo desenvolvido por um conjunto de pesquisadores brasileiros, chilenos e franceses mostrou que a implementação do Programa de Aprendizagem na Idade Certa (Paic) reduziu desigualdades, aumentou o nível de aprendizagem e ampliou a equidade educacional de alunos em situação de vulnerabilidade social no estado em relação ao Brasil e ao Nordeste entre 2011 e 2017.
O mesmo aconteceu com Fortaleza, em comparação com a situação de outras capitais da região.
Escolas em tempo integral
Durante os quase oito anos de governo, Camilo Santana também investiu na criação de centenas de escolas em tempo integral em cidades do estado do Ceará.
Além disso, Camilo e Izolda Cela, atual governadora, criaram o Plano de Universalização do Tempo Integral Rede Pública de Ensino para instituir o modelo de forma gradativa, a partir das turmas de 9º ano, já em 2023. Pelo plano, 326 unidades escolares de ensino médio serão reformadas ou construídas até 2026.
Em 30 de novembro, a governadora Izolda Cela (sem partido) encaminhou a deputados, o projeto. Atualmente, a rede pública conta com 261 Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTIs) distribuídas em 130 municípios cearenses.
Fonte: g1 CE