Na quarta-feira (24), o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou a primeira fase do programa Voa Brasil, oferecendo passagens aéreas por até R$ 200 por trecho. Esta fase inicial disponibilizará 3 milhões de passagens para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), independentemente da faixa de renda.
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Para serem elegíveis às passagens mais baratas, os aposentados não devem ter viajado de avião nos últimos 12 meses. Cada beneficiário terá direito a adquirir dois bilhetes aéreos por ano. O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou sobre o objetivo do programa: “Esse é o primeiro passo para incluir mais brasileiros viajando pelo Brasil”.
Como funciona
Mais de 23,3 milhões de aposentados terão acesso ao benefício. As passagens podem ser compradas diretamente pelo site Voa Brasil utilizando uma conta Gov.br de nível prata ou ouro. Contas de nível bronze precisarão ser atualizadas com a inclusão de dados pessoais e reconhecimento facial para maior segurança.
Os critérios de elegibilidade serão verificados no login do site. Uma vez localizada a passagem desejada, o usuário será redirecionado para a página da companhia aérea para concluir a compra. As empresas Azul, Gol, Latam e VoePass estão participando do programa.
O governo planeja expandir o Voa Brasil para incluir estudantes inscritos no Programa Universidade para Todos (ProUni) e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A oferta para esse público deve começar no primeiro semestre de 2025. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou os benefícios do programa para a saúde mental dos cidadãos: “Para combater depressão, ansiedade, não há nada melhor do que você sair, conhecer outras pessoas, visitar as pessoas queridas, família, amigos e conhecer o Brasil, esse país fascinante”.
Adesão das companhias aéreas
A participação das companhias aéreas no programa é voluntária e não envolve recursos públicos. O CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, explicou que a ideia é aproveitar a ociosidade das aeronaves na baixa temporada.
“Cada voo que nós temos, tem assentos vazios. Então, temos oportunidade de incluir mais pessoas, e isso não quer dizer que as outras pessoas terão que pagar mais, mas elas têm que se planejar mais, comprar com antecedência, não podem voar nos feriados. Os aposentados são um povo mais flexível, não têm emprego, então podem viajar quando não é o pico. Isso é onde a indústria quer que as pessoas viajem”.
De janeiro a junho, a taxa média de ociosidade das aeronaves foi de 20%.
Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, apenas 2% da ocupação nas aeronaves brasileiras é de pessoas com mais de 65 anos de idade, embora essa faixa etária represente 10% da população brasileira. “O nosso trabalho foi reunir esse conjunto de disponibilidade de passagens no período de baixa estação e na ociosidade das aeronaves, que chega a 20%”, explicou Franca.
Por Aline Dantas