O salário mínimo ideal no Brasil deveria ter sido de R$ 6.754,33 em abril, calcula o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). É mais que cinco vezes o valor atual, de R$ 1.212.
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De acordo com o Dieese, esse seria o pagamento mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas no mês de fevereiro no Brasil, considerando gastos com moradia, transporte, alimentação, saúde, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência.
No mesmo mês no ano passado, era necessário que o salário mínimo fosse de R$ 5.330,69. Logo, houve um aumento de R$ 1.423,64.
Os cálculos do Dieese se baseiam no preço da cesta básica mais cara do país, que em abril foi em São Paulo. Na capital paulista, a cesta custa R$ 803,99. Logo, uma pessoa que ganha o salário mínimo tem que trabalhar 145 horas e 56 minutos — o equivalente a cerca de 18 dias de trabalho de oito horas — para comprar os produtos essenciais na cidade.
O departamento também informou que o valor da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas pelo instituto pelo segundo mês consecutivo. As maiores altas foram em Campo Grande, Porto Alegre e Florianópolis, enquanto a menor foi em João Pessoa.
Produtos como óleo de soja, pão francês e leite integral subiram em todas as cidades pesquisadas.
Perda do poder de compra
O salário mínimo Brasil foi criado em 1940, no governo de Getúlio Vargas. O objetivo era dar condições às famílias de comprar o mínimo de alimentos e manter outros gastos, como moradia e transporte.
Ao longo dos anos, pode ocorrer perda do poder de compra, por causa da inflação, que nem sem é reposta. Os especialistas dizem que a economia do país limita os aumentos. Nem as empresas nem o governo conseguiriam manter os gastos com um salário mínimo muito alto, segundo eles.
A prévia da inflação em abril registrou alta de 1,73%, a maior variação para o mês desde 1995, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O grupo de transportes foi o maior responsável por essa alta, puxado principalmente pelo aumento no preço da gasolina.
Fonte: UOL