O preço da gasolina no Ceará vai passar por uma nova redução no período de 2 a 4 dias. Neste caso, os consumidores devem perceber uma queda de cerca de R$ 0,20 por litro nos estabelecimentos do Estado.
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Conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE), o repasse está ocorrendo em etapas até as distribuidoras esvaziarem completamente os estoques com alíquota de 29%.
“À medida que os produtos sejam recebidos com a nova alíquota, teremos a queda nos preços”, diz nota enviada pelo Sindipostos-CE à reportagem. “A expectativa é que a queda chegue ao consumidor final em dois a quatro dias”.
O economista e conselheiro de Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, avalia que os preços devem cair cerca de 3% no Estado. Considerando o preço médio, segundo Agência Nacional do Petróleo (ANP), de R$ 6,83, os consumidores devem sentir uma redução de até R$ 0,20 nas bombas.
Na tarde da última terça-feira (12), a governadora Izolda Cela sancionou a lei que reduz o ICMS sobre combustíveis, energia, transporte coletivo e comunicações para 18% no Ceará, fazendo valer a lei federal que determinou a queda.
No início deste mês, conforme publicou o colunista Samuel Quintela, o Sindipostos já havia estimado uma queda média de R$ 0,79 nas bombas, podendo a baixa nos preços variar entre R$ 0,60 e R$ 0,90.
De acordo com pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a gasolina era vendida na última semana por, em média, R$ 6,83 – queda de R$ 0,75 na comparação com a semana imediatamente anterior. Ainda segundo o levantamento, R$ 6,19 era o valor mínimo.
Fator concorrencial ajuda
Na avaliação do consultor na área de Petróleo e Gás Bruno Iughetti, a redução no preço da gasolina deve ocorrer em cinco dias a uma semana.
Além dos impactos da redução do ICMS sobre o preço ao consumidor final, o especialista destaca o fator concorrencial como importante contribuição para a queda nos valores praticados.
“Quando o preço começa a cair, há uma reação em cadeia, levando os postos de maneira geral a praticar preços menores para não perder venda. O fator concorrencial é bem preponderante”, pontua Iughetti.
Outras influências
Ricardo Coimbra explica que a queda nos preços do combustível ao consumidor final também recebe influência do barril de petróleo, que apresentou redução recentemente diante da expectativa de recessão mundial.
“O barril voltou a ser negociado abaixo de US$ 100. Nesse momento está em média de US$ 98,50. Ou seja, saiu do patamar de US$ 110.”
Ricardo Coimbra, economista e conselheiro do Corecon
Ele pondera, no entanto, que o dólar teve uma valorização em relação ao real no mesmo período. “Sendo assim, creio que a redução pode não ser tão significativa (nos próximos dias). Acho que pode ficar em torno de 3%”, diz.
O economista detalha ainda que o mercado local deverá levar um tempo para uma nova média estável. “Muitas alterações geram incertezas sobre o preço médio. É interessante o consumidor ficar pesquisando o tempo todo para encontrar preço mais baixos”, arremata.
Por Ingrid Coelho
Fonte: Diário do Nordeste