Os Correios não serão privatizados, diz Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações de Dilma Rousseff e do Planejamento de Lula. Ele coordena o grupo técnico de Comunicações na transição petista.
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Correios vão aonde empresas privadas não iriam
• A privatização dos Correios foi iniciada no governo Bolsonaro, mas está parada.
• Os Correios estão em todos as cidades do país e entregam correspondência em qualquer lugar, o que uma empresa privada não faria, segundo Bernardo.
• Para privatizar os Correios, seria necessário criar uma empresa pública para entregar onde as outras não querem ir.
• A empresa tem a obrigação de entregar cartas, mas também pode ampliar a divisão de transporte de produtos (na qual a margem de lucro é maior)
“Ninguém quer disputar o mercado da Amazônia. As empresas querem discutir a privatização dos Correios para tirar o concorrente do Rio e de São Paulo.”
Paulo Bernardo
A privatização exclui serviço de regiões perigosas. Em locais como alguns morros do Rio de Janeiro, as empresas privadas de logística postam encomendas nos Correios para que a estatal faça a entrega, diz Bernardo.
Quais os desafios para a empresa?
• Reduzir custos da operação e aumentar a margem de lucro para se tornar mais competitiva
• Investir em modernização
A equipe de Lula está avaliando todas as contas da empresa, como despesa com os 85 mil funcionários e distribuição de dividendos.
“Na Europa os correios têm atividades múltiplas: entregam cartas, e além disso, têm banco, financeira, empresas de logística como a DHL [na Alemanha]. Temos que investir mais e fazer modernização, mas se tirar os Correios do mercado vai ter que arranjar outra para fazer.”
Paulo Bernardo
Razões para privatizar, segundo o governo Bolsonaro:
• Melhorar a eficiência dos serviços postais no país diante das dificuldades de o governo fazer investimentos para o setor.
• Incerteza quanto à autossuficiência e capacidade de investimentos futuros por parte dos Correios.
• Evitaria gastos públicos com investimentos de R$ 2 bilhões ao ano.
Fonte: UOL