O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 5, desconhecer o Pix, o novo sistema de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central. Desde que assumiu a instituição, no início do governo, em 2019, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, aposta no novo sistema como uma das apostas para revolucionar o mercado bancário.
Um apoiador do presidente o parabenizou pelo novo sistema, que poderá ser usado como substituto de DOCs e TEDs, será gratuito, instantâneo e estará disponível a qualquer hora, sete dias por semana. A previsão é que a maioria das transações seja aprovada e finalizada em até 10 segundos.
Bolsonaro respondeu que não leu sobre o assunto e que tratou nessa semana sobre carteira de habilitação para pilotos com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. O apoiador, então, explica ao presidente o funcionamento do Pix.
Bolsonaro não sabe o que é Pix pic.twitter.com/rJv1S1A00Y
— Samuel Pancher (@SamPancher) October 5, 2020
“Esse é do Banco Central, usado para pagamentos 24 horas, 7 dias por semana, qualquer hora, não precisa nem de DOC nem de TED”, disse.
“Não tomei conhecimento. Vou conversar esta semana com o Roberto Campos”, respondeu Bolsonaro.
Segundo o BC, em três horas e meia, mais de 1 milhão de chaves foram cadastradas para o uso do Pix. Embora muitas instituições financeiras tenham lançado um pré-cadastro, elas terão que confirmar a partir desta segunda com os clientes o efetivo registro das chamadas das chaves.
A chave Pix é a informação que vai identificar um clientes e a conta bancária dele no sistema. Essa chave poderá ser um número de celular, um e-mail, o CPF ou o CNPJ.
A partir de 3 de novembro, começará uma fase de testes do Pix, em que o serviço será disponibilizado para alguns clientes selecionados. Os pagamentos e transferências por meio do novo serviço para todos os clientes cadastrados, em todo o país, só serão possíveis a partir de 16 de novembro.
De acordo com o BC, 677 instituições já foram aprovadas para oferecer o serviço a clientes e iniciar nesta semana o cadastro das chaves.
Fonte: Estadão Conteúdo