Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, a gasolina teve reajuste de 157,33% enquanto a inflação foi de 20,6% no período, de acordo com dados da Petrobras analisados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e atualizados para o último aumento desta quinta-feira (10).
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No começo da gestão Bolsonaro, a Petrobras vendia o litro da gasolina para as refinarias por cerca de R$ 1,50. Com o reajuste, que começa a valer a partir desta sexta-feira (11), o preço médio da gasolina passa hoje de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%.
A última alteração no preço dos combustíveis foi há quase dois meses, em 11 de janeiro. Em nota, a Petrobras afirma que os valores “refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia”.
No fim de janeiro, o preço médio da gasolina em em cinco estados ultrapassou a barreira dos R$ 7 por litro, chegando até R$ 7,024.
Atualmente, o preço médio da gasolina para o consumidor final é de R$ 6,57, segundo dados do levantamento da ANP, realizado entre 27 de fevereiro e 5 de março. Com este aumento da Petrobras, a expectativa é de que o valor dos combustíveis suba ainda mais.
Justamente o medo do repasse para a bomba provocou uma corrida aos postos. Em vários estados, motoristas enfrentaram horas de fila para tentar encher o tanque antes da entrada em vigor dos novos preços.
Mudanças no ICMS
Para tentar reduzir o preço desses produtos ao consumidor, a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta sexta-feira (11), a proposta que altera as normas de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis. Medida irá a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
As novas regras valerão para gasolina, álcool combustível, diesel e biodiesel, gás liquefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás natural.
Guerra na Ucrânia faz trigo subir 46% em nova alta histórica
Não é só o preço do petróleo que é afetado com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Outras commodities como o trigo também tem registrado fortes altas no mercado internacional, chegando a uma alta de 46,25% desde o início do confronto. Nesta segunda-feira (7), o preço do trigo na Bolsa de Chicago (EUA) bateu US$ 12,94 por bushel.
Fonte: Yahoo!