Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (21), a retirada da tarifa de 40% que incidia sobre uma lista de mais de 200 produtos brasileiros. A decisão, publicada pela Casa Branca, passa a valer para todos os itens que ingressaram no país a partir de 13 de novembro — mesma data da reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado Marco Rubio, quando o tema foi discutido oficialmente.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
🔹 Produtos beneficiados
Entre os itens que deixam de pagar a tarifa extra estão:
• açaí
• banana
• cacau
• café
• carne bovina
• castanha de caju
• coco
• especiarias como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada
• mate
• tomate
A medida reverte parcialmente o tarifaço imposto pelo governo Trump, que havia elevado tarifas de 50% para 40% sobre diversos alimentos de vários países — incluindo o Brasil — na semana passada. Agora, para produtos como café e carne, as cobranças retornam aos níveis existentes antes da sobretaxa.
🔹 Decisão direcionada exclusivamente ao Brasil
Diferente da ordem executiva anterior, que era de alcance global, a nova medida vale apenas para os produtos brasileiros. No documento, Donald Trump afirma que a retirada das tarifas é resultado direto das negociações com o governo Lula, iniciadas ainda em 6 de outubro.
O presidente norte-americano relatou que, após uma conversa telefônica com Lula, ambos concordaram em abrir discussões para tratar das preocupações listadas no Decreto Executivo 14323. Segundo Trump, houve “progresso inicial” nessas negociações, o que justificaria excluir parte das importações agrícolas brasileiras da sobretaxa.
🔹 Governo do Brasil comemora a retirada das tarifas
O governo brasileiro celebrou a decisão. Para o Itamaraty, trata-se de um avanço importante, especialmente porque a medida reconhece formalmente as negociações bilaterais retomadas em outubro e porque sua retroatividade coincide com o encontro entre Vieira e Rubio.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, classificou o anúncio como “excelente notícia”, argumentando que o Brasil volta a ter acesso competitivo ao mercado americano, o que deve contribuir para estabilizar preços e ampliar oportunidades para produtores nacionais.
Por Aline Dantas









