Em reunião realizada nesta sexta-feira (1º) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, apresentou uma série de propostas para amenizar os impactos econômicos causados pelo aumento de tarifas anunciado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O encontro aconteceu em Brasília, e as novas taxações devem entrar em vigor no dia 7 de agosto.
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A principal preocupação do governador é com os setores mais afetados no Ceará, como pescado, fruticultura e cera de carnaúba. Segundo ele, cada segmento demanda soluções específicas, e o poder público deve agir com agilidade para preservar empregos e garantir a competitividade das empresas cearenses no mercado internacional.
“Apresentamos as especificidades do Ceará. Mais de 70% das exportações do Ceará é aço e, graças às intervenções do Governo Federal, o aço ficou fora do tarifaço. Mas temos outras áreas afetadas, como o pescado, fruticultura e cera de carnaúba. Trouxemos para o ministro algumas sugestões que possibilitam a realização de instrumentos legais para apoiar as empresas, manter competitividade e evitar perda de produtos”, explicou Elmano.

Segundo o governador, a receptividade do ministro às propostas foi positiva. Uma das sugestões apresentadas por Elmano é a aquisição de parte da produção cearense por órgãos públicos — medida que exigirá mudanças na legislação federal.
“Nós trouxemos a possibilidade de aquisição, por meio do Estado ou dos nossos municípios, de produtos que exportamos para os Estados Unidos. O ministro recebeu com bom grado essa sugestão. Queremos ampliar esse mecanismo e, para isso, precisamos, talvez, de mudanças na legislação. Apresentamos ao ministro propostas para permitir que o Estado e os municípios possam ajudar os setores produtivos do país, em especial no Ceará, para aliviar a situação dos nossos empresários”, destacou.
Medidas em construção
O governador também reforçou o compromisso de analisar caso a caso os setores atingidos, para que as respostas sejam adequadas à realidade de cada produto e empresa.
“Precisamos analisar cada produto, cada área, para entender qual mecanismo é mais eficiente — seja para manter competitividade das empresas ou para que aquele empresário não venha a perder produto por ser perecível. O que foi conversado o ministro recebeu de muito boa medida. Nos próximos dias iremos fazer tratativas, fechar texto de lei. Saímos muito animados que as medidas serão acolhidas”, garantiu Elmano.

Próximos passos
A expectativa do Governo do Ceará é de que novas reuniões com a equipe econômica federal e com o setor produtivo local sejam realizadas nos próximos dias para finalizar as medidas e formalizar as propostas legislativas.
O tarifaço dos Estados Unidos, que prevê sobretaxa de 50% para diversos produtos brasileiros, foi criticado por autoridades e empresários do país. No Ceará, a preocupação é com possíveis prejuízos à exportação e à cadeia de empregos ligada ao comércio exterior.
Por Fernando Átila










