A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho, conforme divulgado nesta sexta-feira (30) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa uma queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa de desocupação era de 7,5%, e uma redução em comparação ao mesmo período de 2023, quando o desemprego estava em 7,9%.
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Esse é o melhor resultado para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando a taxa foi de 7%. Em termos históricos, é a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2014, que registrou 6,5%.
Aumento da população ocupada
O número absoluto de desocupados no país caiu 9,5% em comparação ao trimestre anterior, totalizando 7,4 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período de 2023, a queda foi de 12,8%. Simultaneamente, a população ocupada atingiu um recorde histórico de 102 milhões de pessoas, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,7% no ano.
O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, subiu para 57,9%, um incremento de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,1 ponto percentual em comparação ao ano anterior.
A força de trabalho, que soma os ocupados e desocupados, cresceu 0,4%, atingindo 109,5 milhões de pessoas, enquanto a população fora da força de trabalho permaneceu estável em 66,7 milhões.
Veja os destaques da pesquisa
• Taxa de desocupação: 6,8%
• População desocupada: 7,4 milhões de pessoas
• População ocupada: 102 milhões
• População fora da força de trabalho: 66,7 milhões
• População desalentada: 3,2 milhões
• Empregados com carteira assinada: 38,5 milhões
• Empregados sem carteira assinada: 13,9 milhões
• Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
• Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
• Trabalhadores informais: 39,4 milhões
• Taxa de informalidade: 38,7%
Expansão do emprego com carteira assinada
O IBGE destacou que o número de empregados no setor privado com e sem carteira assinada atingiu o maior patamar desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012, totalizando 52,5 milhões de trabalhadores. Entre os empregados com carteira assinada, o número chegou a 38,5 milhões, um aumento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, o que representa a inclusão de 353 mil pessoas. Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi de 4,2%, com 1,5 milhão de novos trabalhadores.
Os empregados sem carteira assinada também alcançaram um recorde de 13,9 milhões, um aumento de 2,8% em relação ao trimestre anterior e de 5,2% em comparação ao ano passado, o que significa 689 mil pessoas a mais.
O setor de Comércio foi um dos principais responsáveis pelo aumento da ocupação no setor privado, com alta de 1,9% no trimestre e a criação de 368 mil novos postos de trabalho.
Carteira assinada e sem carteira batem recorde
A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui desocupados, pessoas que poderiam trabalhar mais e aquelas que desistiram de procurar emprego, continua em queda, atingindo 16,2%. Esse é o menor índice desde 2014. A população subutilizada totaliza 18,7 milhões de pessoas, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,6 ponto percentual em comparação anual.
A população desalentada, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, também caiu para 3,2 milhões, o menor nível desde junho de 2016. Houve uma redução de 7% em comparação ao trimestre anterior e de 12,2% em relação ao mesmo período de 2023.
Rendimento registra alta
O rendimento real habitual permaneceu estável em R$ 3.206 em comparação ao trimestre anterior, mas apresentou um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2023. A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 322,4 bilhões, um aumento de 1,9% frente ao trimestre anterior e um crescimento de 7,9% em comparação ao ano anterior.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, destacou que a melhoria da renda do trabalho está impulsionando o consumo das famílias, o que, por sua vez, gera mais demanda por bens, serviços e trabalho, alimentando o crescimento do mercado de trabalho.
Por Heloísa Mendelshon