O desemprego recuou no Ceará e em mais 17 estados brasileiros no segundo trimestre de 2025, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Nas outras nove unidades da federação, o índice ficou estável em relação ao primeiro trimestre do ano, com variações consideradas pouco significativas.
Estados com queda e estabilidade
Entre os que registraram redução na taxa de desocupação estão Ceará (CE), Maranhão (MA), Alagoas (AL), Santa Catarina (SC), Goiás (GO), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Sul (RS), Mato Grosso do Sul (MS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Amapá (AP), Piauí (PI), Paraíba (PB), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Bahia (BA), Amazonas (AM) e Rio Grande do Norte (RN).
Já as unidades da federação com estabilidade foram: Pernambuco (PE), Distrito Federal (DF), Sergipe (SE), Acre (AC), Roraima (RR), Tocantins (TO), Paraná (PR), Mato Grosso (MT) e Rondônia (RO).
As maiores taxas de desemprego foram registradas em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%). As menores ficaram com Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
Média nacional e recorde histórico
A média nacional foi de 5,8%, uma queda significativa em relação aos 7% do primeiro trimestre. Trata-se do menor índice para o período desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.
Segundo William Araújo, pesquisador do IBGE, o resultado mostra que o mercado de trabalho mantém resiliência.
“O primeiro trimestre mostrou que o mercado conseguia absorver grande parte da mão de obra temporária. Agora, os dados confirmam que ele continua resistente a pioras, indicando um cenário positivo”, afirmou.
O pesquisador acrescenta que houve aumento do emprego formal e redução da informalidade no país.
Perfil do desemprego
O levantamento também revelou diferenças importantes no desemprego segundo escolaridade, gênero e cor ou raça.
• Escolaridade: Entre os que não concluíram o ensino médio, a taxa foi historicamente mais alta, chegando a 22,7% no 2º trimestre de 2021. Em 2025, entre quem tem nível superior incompleto, o desemprego foi de 5,9%, quase o dobro dos que concluíram o nível superior (3,2%).
• Gênero: Homens registraram taxa de 4,8%, contra 6,9% das mulheres.
• Cor ou raça: Entre brancos, o índice ficou em 4,8%, abaixo da média nacional. Entre pretos, foi de 7%, e entre pardos, 6,4%.
Tempo de busca por emprego
O estudo apontou redução do desemprego em todas as faixas de tempo de procura por trabalho na comparação com o segundo trimestre de 2024. Algumas categorias atingiram os menores níveis para o período desde 2012.
Exceções:
• Pessoas que procuram emprego há menos de um mês tiveram queda, mas o menor patamar anterior havia sido em 2016.
• Quem busca trabalho há dois anos ou mais ainda soma 1,3 milhão de pessoas, mas houve recuo de 23,6% frente a 2024.
Desalento e informalidade
O desalento, quando a pessoa desiste de procurar emprego, atingiu 2,5% no trimestre. As maiores taxas foram no Maranhão (9,3%), Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%). As menores, em Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,8%), seguidas por Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo (todos com 0,9%).
A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada. O Maranhão (56,2%), o Pará (55,9%) e a Bahia (52,3%) lideraram com os maiores índices, enquanto Santa Catarina (24,7%), o Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%) tiveram as menores taxas.
William Araújo explica que Santa Catarina, estado com o menor nível de informalidade e desalento, tem o maior percentual de trabalhadores na indústria — 23% da população ocupada, o maior índice do país.
Por Nicolas Uchoa










