Em seu primeiro pronunciamento à imprensa como ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida disse que tudo presente em seu discurso foi “expressamente apoiado” e com “100% de aval” do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Além disso, Sachsida falou que seu primeiro esforço à frente do MME (Ministério de Minas e Energia) será trabalhar pela privatização da Petrobras. “Solicito também os estudos pendentes para as alterações legislativas necessárias para desestatização da Petrobras”, anunciou hoje à noite e acrescentou que incluirá o pré-sal nos planos de venda da Petrobras.
“É fundamental também darmos prosseguimento ao processo de privatização da Eletrobras”, afirmou, em um “sinal importante para atrair mais capitais para o Brasil”.
O novo gestor do MME mira também dois PLs (Projetos de Lei): o 414/2021 (anteriormente 232/2016) sobre modernização do setor elétrico; e o PL 3178/2019, que visa revogar o direito de preferência para a Petrobras no regime de partilha de produção. Para avançar nisso e nas privatizações, Sachsida disse pedir a “parceria do Congresso”.
Economista, Sachsida subiu ao cargo de ministro nesta quarta-feira, após o então gestor da pasta, Bento Albuquerque, ser exonerado do cargo “a pedido”, após ataques de Bolsonaro à Petrobras. As mudanças já foram publicadas no DOU (Diário Oficial da União). Sachsida era parte da equipe econômica do ministro Paulo Guedes.
Em seu discurso, o novo líder do MME agradeceu nominalmente Bento e Guedes e elogiou partes da gestão nacional: “O Brasil é hoje uma importante referência mundial no que se refere a segurança alimentar e segurança energética”.
Bento Albuquerque era um dos últimos remanescentes da equipe original de ministros do presidente. A mudança ocorre após recentes ataques de Bolsonaro à política de preços da Petrobras, estatal ligada à pasta de Minas e Energia.
Na segunda-feira (10), a empresa anunciou aumento de 8,87% no preço do diesel nas suas refinarias. Nos postos, o preço do diesel aumentou em 96% durante o governo Bolsonaro, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
“Porto seguro”
Várias vezes em seu discurso, Sachsida disse que deseja tornar o Brasil um “porto seguro” para investimentos e apontou os conflitos geopolíticos, sem citar diretamente a guerra entre Rússia e Ucrânia, como uma oportunidade de atrair capital estrangeiro.
“O investimento internacional está saindo de países arriscados e migrando para democracias Ocidentais amigas e o Brasil é sem dúvida um porto seguro desse investimento. Precisamos tomar medidas para que o mundo entenda que o Brasil é um porto seguro de investimento.”
Segundo o ministro, não agarrar essa oportunidade pode “atrapalhar o desenvolvimento brasileiro” por “décadas”.
Fonte: UOL