A China autorizou 183 empresas brasileiras a exportarem café para o país asiático, em uma decisão estratégica que pode mitigar os impactos negativos provocados pela nova tarifa de 50% sobre o café brasileiro, imposta pelo governo dos Estados Unidos. O anúncio foi feito no sábado (2) pela Embaixada da China no Brasil, por meio das redes sociais.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Segundo a representação diplomática chinesa, as novas licenças de exportação passaram a valer no último dia 30 de julho e têm validade de cinco anos. A medida representa um alívio para exportadores brasileiros, que veem os custos subirem com a tarifa norte-americana que entra em vigor na próxima terça-feira (6).
💼 Impacto nas exportações
O setor cafeeiro brasileiro, que exporta cerca de 8 milhões de sacas de café por ano aos Estados Unidos, foi diretamente afetado pela decisão do presidente norte-americano Donald Trump. Com a tarifa, os produtores nacionais começam a buscar novos mercados consumidores, e a China — maior parceiro comercial do Brasil — desponta como alternativa estratégica.
🔍 Comparativo de exportações
Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé):
• Em junho de 2025, o Brasil exportou 440 mil sacas de café aos Estados Unidos;
• No mesmo mês, foram apenas 56 mil sacas enviadas para a China.
A disparidade reflete o estágio ainda inicial das relações comerciais com o mercado chinês nesse segmento, mas a liberação das exportações por parte de Pequim pode abrir caminho para crescimento expressivo nos próximos meses.
📉 Comércio ameaçado nos EUA
O Brasil é responsável por cerca de um terço do mercado de café norte-americano, segundo estimativas do setor. O comércio total com os EUA, apenas em café, foi avaliado em US$ 4,4 bilhões nos 12 meses encerrados em junho.
🤝 China amplia espaço como alternativa
Com a nova medida, o país asiático fortalece a posição como destino estratégico das commodities brasileiras. Além do café, a China já figura entre os maiores compradores de soja, minério de ferro, carne bovina e outros produtos do Brasil.
Procurados pelo Revista Cariri, o Ministério da Agricultura e o próprio Cecafé não se manifestaram até o momento. A autoridade alfandegária da China também não foi localizada para comentar a autorização.
🌍 Panorama
Em meio ao cenário de tensões comerciais com os Estados Unidos e busca por novos mercados, a autorização chinesa surge como uma janela de oportunidade para o café brasileiro diversificar seu destino e reduzir dependência da pauta de exportações norte-americana.
Por Aline Dantas










