Com a criação de 7.872 postos de empregos formais em janeiro deste ano, o Ceará bateu recorde de geração de vagas. É o maior resultado para o mês da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados hoje (16) pelo Ministério da Economia.
O volume de vagas com carteira assinada foi puxado por contratações dos setores da indústria e de serviços, que abriram 3.839 mil e 3.510 mil novas posições, respectivamente. A construção civil também abriu 679 novos postos de trabalho.
Já o comércio, um dos segmentos da economia mais afetados pelo quadro de pandemia, ainda fechou o primeiro mês do ano com saldo positivo, mas de apenas 97 postos de trabalho a mais. O pior cenário ficou para a agropecuária, que demitiu mais que contratou, encerrando 253 empregos formais.
Sazonalidade do mercado
O saldo de empregos formais no Estado foi resultado de 39,1 mil admissões realizadas no período frente a 31,2 mil desligamentos. Esse resultado chama atenção pelo fato de que, historicamente, janeiro é um mês marcado por demissões de funcionários temporários contratados para o período de fim de ano.
O padrão se repetiu por 14 anos – de 2004 a 2017 – no Estado. O volume de empregos gerado em janeiro de 2021 também foi mais que o dobro que em dezembro do ano passado, quando foram criados 3.058 postos de trabalho com carteira assinada.
De acordo com o Caged, o Ceará tinha em janeiro um estoque de 1,18 milhão de empregos com carteira assinada.
Crescimento no País
O resultado seguiu em linha com a média brasileira. O mercado de trabalho nacional registrou um saldo de 260,3 mil vagas no período, que também representa o melhor resultado da série histórica para um mês de janeiro.
De acordo com o Ministério da Economia, o resultado é o melhor na série iniciada em 1992 – o Caged sofreu mudanças metodológicas no começo do ano passado. A dificuldade de adaptação das empresas às novas regras e a pandemia fizeram mais dados serem informados com atraso, segundo os próprios técnicos.
As regras do Caged estabelecem que as admissões devem ser informadas diariamente ao governo – enquanto os desligamentos têm mais prazo (que ficou ainda maior com a mudança da metodologia). Os técnicos afirmam, por outro lado, que os dados estão cada vez mais acurados e que usam medidas para corrigir eventuais descompassos, como o cruzamento de informações com outros números – como pedidos de seguro-desemprego.
Fonte: Diário do Nordeste