O Ceará deve alcançar uma safra de 637.787 toneladas de cereais, leguminosas e oleginosas neste ano. O resultado representa um crescimento de 12,96% em relação ao mesmo período do ano passado (564.615 toneladas) e de 34,7% em relação à expectativa de safra em janeiro deste ano (467.673). Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA /IBGE) e se referem ao período entre 16 de março e 15 de abril.
O arroz de sequeiro, feijão de arranca (phaseolus), feijão-de-corda 1a safra (vigna), milho irrigado e sequeiro (grão), algodão herbáceo e mamona foram alguns dos itens que variaram positivamente. “Os agricultores cearenses comemoram uma boa safra e uma boa quadra chuvosa. E, a partir do Portal da Agricultura Familiar, poderemos comemorar ainda mais com bons negócios”, destaca o secretário do Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz.
Para De Assis, além da boa quadra chuvosa, a prestação de assistência técnica para 69 mil agricultores familiares, a entrega das mais de 2 milhões de toneladas de sementes pelo Hora de Plantar e a entrega de tratores pelo Projeto São José colaboram com o resultado positivo.
Destacam-se as produções de Altaneira, Aracoiaba, Ararendá, Araripe, Arneiroz, Barreira, Barro, Caririaçu, Carnaúbal, Catunda, Crateús, Icapuí, Independência, Ipaporanga, Itaiçaba, Itapiúna, Jardim, Missão Velha, Monsenhor Tabosa, Nova Russas, Novo Oriente, Parambu, Penaforte, Poranga, Porteiras, Quiterianópolis, Tamboril, Tauá.
Frutas e castanha
Em relação às frutas frescas, o IBGE aponta uma redução da produção de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os produtos que variaram positivamente foram banana irrigada, mamão de sequeiro, manga de sequeiro e melão de sequeiro. Aqueles que variaram negativamente foram banana de sequeiro e melancia de sequeiro. A estimativa de produção é de 883.993 toneladas, 0,04% abaixo do levantamento realizado no mês anterior.
A produção de castanha de caju apresenta uma expectativa de 74.437 toneladas neste ano. O resultado é 0,21% maior que a previsão realizada no mês anterior e 5,47% em relação a janeiro de 2020. Contudo, a comparação em relação à safra obtida em 2019 aponta uma redução de 15,08%. O IBGE atribui a retração à mudanças na metodologia do cálculo.